Emanuel se desdobra por vaga no Pan

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Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, octocampeão do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, o paranaense Emanuel Rego, ao lado do parceiro Ricardo, começou novembro do ano passado como número um no ranking mundial da Federação Internacional de Vôlei e dono da vaga para a principal competição das américas em 2007, os Jogos Pan-Americanos.

Um mês e meio depois, Emanuel continua no topo do ranking, mas a vaga do Pan não está garantida. Decisão do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) alterou o critério de classificação e fixou que a pontuação obtida entre 23 de junho de 2006 e 23 de junho de 2007 é que vai definir os representantes brasileiros. "É uma mudança que complica toda nossa preparação", afirma Emanuel.

Ele e o parceiro Ricardo lideram o ranking mundial com 6.380 pontos. Mas logo atrás estão Márcio e José Luís com 6.060 pontos. Até a data-limite para a classificação, a dupla deve disputar mais três competições válidas pelo circuito mundial: China, Bahrein e Itália. "Foi feito um planejamento e um grande esforço para conseguirmos essa vaga no ano passado. Agora há chances de perdê-la. O Márcio e o José Luís fazem uma dupla muito boa e não tem nada definido."

Segundo Emanuel, o planejamento dele e do parceiro não é pensado para meses e sim para anos. "Fazemos um cronograma de três anos. A meta era ganhar a vaga do Pan no ano passado, chegar bem no Rio e sair de lá já pensando em somar pontos para obter a vaga para as Olimpíadas (2008 na China).

Com a mudança, Ricardo e Emanuel devem entrar num ritmo intenso de competição, em que qualquer derrota pode complicar a ambição da equipe. Terminado o período de classificação para o Pan, o calendário da Federação Internacional de Vôlei prevê a realização de dois Grand Slams. Um na França e outro na Noruega. Torneios como esse são extremamente importantes para quem sonha com as Olimpíadas. "São competições que dão 2,5 pontos a mais que uma etapa normal do circuito."

Caso consigam a vaga no Pan, os atletas não devem jogar no Grand Slam da Alemanha, entre 11 e 15 de julho, mesmo período em que vão ocorrer os Jogos Pan-Americanos (13 a 29 de julho), que não conta pontos para o ranking mundial e, conseqüentemente, não influi na disputa pela vaga nas Olimpíadas.

"As duplas americanas, por exemplo, não devem vir para o Rio", ressalta Emanuel.

Apesar do calendário apertado e de uma maratona de jogos pela frente, o jogador se diz entusiasmado para a competição na capital carioca.

"Será um grande torneio e vai ser no nosso País. Eu e o Ricardo queremos muito jogar esse Pan", diz o paranaense que, na falta dos americanos vê argentinos e cubanos como principais adversários dos brasileiros.