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Coritiba 100 anos

Faltam 185 dias - 10 de abril

... Em 1923, nasce, em Ponta Grossa, Brasil Boreki. O meia-esquerda Camarão, como era mais conhecido, defendeu o Coritiba de 1943 a 1947.

... Em 1932, o Coritiba vence a equipe do Guarani de Ponta Grossa e conquista o título de campeão paranaense do ano anterior. O gol da vitória foi assinalado pelo ponteiro-esquerdo Carnieri (João Domingos Carnieri) aos 43 minutos do 2º tempo.

... Em 1960, o Coritiba goleia o Iraty por 6 a 0, com três gols de Duílio.

... Em 2005, no primeiro Atletiba decisivo do Estadual, a torcida alviverde canta incessantemente durante os 30 minutos finais do jogo, que terminou com vitória do Coritiba por 1 a 0, gol do lateral-direito Rafinha.

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Qual jogador irá protagonizar o clássico Coritiba e Paraná amanhã? Será um homem de frente, com um chute de efeito, como Pachequinho e seu gol olímpico em 1991 pelo Coritiba? Ou como Ricardinho, que marcou nos acréscimos e garantiu o tetracampeonato ao Tricolor em 96? Teve ainda o zagueiro Ageu e seu histórico de decisões. Também pode ser alguém que saia do banco para entrar para a história como aconteceu com Darci no título alviverde de dez anos atrás.

Duelo responsável por troféus, ou por muitas vezes determinar quem chegaria ou não perto deles, o Paratiba de amanhã pode mais uma vez indicar o rumo do campeonato. Uma derrota complica a campanha pelo título paranaense e esquenta um encontro recheado de fatos marcantes para torcedores e jogadores dos dois times.

"Os Paratibas sempre foram especiais. Em 90, Colorado e Pinheiros tinham acabado de fazer a fusão e o Paraná começava grande, com bons jogadores. Era uma novidade", relembrou o atacante Pachequinho. Ele foi o destaque na semifinal estadual e ajudou o Coritiba a chegar à decisão, perdida para o rival Atlético.

No ano seguinte, os times se encontraram nas quartas de final do Brasileiro da Série B. "Até hoje todo mundo lembra daquele 4 a 0 no Alto da Glória, tanto os torcedores do Coritiba como do Paraná", conta o autor de um gol olímpico e outro de falta.

O mesmo Couto Pereira lotado viu uma festa com outras cores em 96. "Só tenho boas recordações daquele dia. O estádio cheio, a torcida empurrando, uma festa", conta Ricardinho. "Mas não foi apenas isso, aquele gol do título representou o começo da minha valorização profissional", avaliou o meia, por telefone, do Catar. O jogador defende o Al Rayaan e vai torcer pelo Tricolor amanhã via internet. Um palpite? "Sou um torcedor otimista."

No ano seguinte à façanha de Ricardinho, o Tricolor penou para brilhar novamente. Um começo ruim ameaçou a classificação da equipe, que já era a papa-títulos da década e sofria com a pressão. "As coisas começaram a mudar em Cambará. Precisávamos vencer o Matsubara e resolvemos fazer uma reunião na praça, pois estava muito quente no hotel. O professor Rubens Minelli autorizou e ali fechamos o grupo, abraçamos o projeto", relatou o então zagueiro e atual auxiliar-técnico do Paraná, Ageu.

A equipe conseguiu a oitava vaga no octogonal e encaminhou o penta ao bater o Coritiba por 3 a 0 na penúltima rodada. Dificuldade aquela tão semelhante à enfrentada neste ano, no qual o time chegou a sofrer com a ameaça de rebaixamento, que foi resgatada em uma preleção pelo técnico Wágner Velloso.

Será impossível, porém, rever uma história como a vivida pelo meia Darci, do Coritiba, em 1999, que deu ao Paratiba contornos divinos. Predestinado, entrou em campo para fazer o gol de empate e do título encerrando uma década de jejum no clube. Mas tudo começou bem antes.

"Nunca ninguém soube disso. Eu recebi uma profecia a dois meses da final. Estava em tratamento de uma fissura no pé direito e um preparador físico contou que Deus havia lhe dito que eu faria o gol do título paranaense. Era um absurdo pois eu nem estava jogando", revelou à Gazeta por telefone de Campina das Missões-RS, onde comanda uma escolinha de futebol.

No dia do jogo, ele se atrasou e perdeu o ônibus que ia ao Pinheirão. Darci correu até o veículo, que parou uma quadra depois do hotel. "Entrei e disse: ‘Brincadeira, vocês não querem ganhar o título? O cara que vai fazer o gol do título vocês iam deixar para trás?’".

Na hora de colocar o jovem Robert (autor de um gol no jogo anterior), terceira e última substituição do Coritiba que perdia por 2 a 1, a frase martelou na cabeça do técnico Abel Braga e ele chamou Darci, aos 35 do segundo tempo.

"Lembro daquele gol como se fosse ontem. Estava uma confusão na área, cheia de gente e o Reginaldo Araújo foi cruzar. Eu recuei e falava para mim mesmo, ‘toca para trás, toca para trás’. Ele tocou e eu fiz o gol (aos 39)", narrou. Foi a 30ª taça estadual do Coxa. O feito tem reedições recorrentes nas preleções de Abel Braga, como o próprio técnico contou a Darci.

"Vivi muita coisa, tive várias conquistas, como duas Copas do Brasil, uma Mercosul pelo Palmeiras, mas nada foi igual a aquele título", contou um personagem do clássico que hoje terá um novo capítulo.

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