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Parece que o Coritiba não quer colaborar para manter a média de gols do Brasileiro 2005 como a maior na história da competição. Ontem, contra o Juventude, em Caxias do Sul, o time foi personagem de um jogo sem bola na rede pela segunda vez consecutiva. Mas a exemplo da partida contra o Fluminense, pode até se considerar satisfeito por ter conquistado um ponto. Afinal, o adversário teve bem mais chances de sair com a vitória.

Para quem pensava em aproveitar a série de jogos contra times em baixa para arrancar, o mau futebol demonstrado ontem deixa muitas dúvidas. Pior: o resultado aumentou o jejum coxa-branca de vitórias para cinco rodadas – a última foi contra o Fortaleza, no já longínquo dia 25 de agosto. A colocação na tabela permanece inalterada: 14.ª.

Ao final do péssimo primeiro tempo, o Coxa tinha motivos de sobra para comemorar o 0 a 0. O esquema 3–5–2 armado pelo técnico Cuca não deu certo. Recuado para o setor de criação, Caio – que vinha se destacando nas últimas partidas como atacante – foi muito mal. Capixaba também não conseguiu fazer a bola chegar em boas condições na frente, o que deixou a dupla Maia e Renaldo isolada.

O sistema defensivo também não funcionava. Único jogador de marcação no meio-de-campo, Reginaldo Nascimento ficou sobrecarregado. E mesmo com três zagueiros protegendo a área, o Juventude criou uma chance atrás da outra. Só não saiu na frente porque errou o alvo. O goleiro Douglas não fez nenhuma defesa difícil, mas tomou vários sustos vendo a bola passar perto de seu gol pelo menos cinco vezes.

Na conversa do intervalo, Cuca conseguiu melhorar a marcação. Depois disso o time gaúcho já não chegava com tanta facilidade. Caíco ainda mandou uma bola no travessão e Douglas defendeu com dificuldade um chute de Lauro. Mas parou por aí.

O problema é que o Coritiba continuava com imensas dificuldades para se aproximar da área adversária. Nos 45 minutos iniciais, só havia finalizado uma vez, com Maia. Já na segunda etapa foram três lances de perigo, todos também com o veloz atacante, titular da equipe pela primeira vez. Mas o aumento da produção não foi suficiente para render elogios ou preocupar o Juventude. Apenas para perceber que ainda falta muita coisa para a tão sonhada arrancada.

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