Empate deixa São Paulo tranqüilo na ponta

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Vai ser difícil algum clube tirar o título do Brasileirão 2006 do São Paulo. Nem mesmo o Grêmio, empurrado pela torcida que lotou o Olímpico, foi capaz de bater o líder folgado da competição. O empate por 1 a 1 - gols de Danilo e Hugo - mantém os oito pontos de vantagem do Tricolor Paulista (60) sobre a equipe gaúcha (52), a oito rodadas do fim. O time paulista volta a jogar no próximo sábado, contra o Figueirense, em Florianópolis. O Tricolor gaúcho encara o Fluminese, quinta-feira, em Volta Redonda.

Com apenas 51 segundos de jogo, o São Paulo calou o Olímpico. Danilo bateu cruzado da entrada da área. Gallato chegou a pular, mas não alcançou a bola, que entrou no canto esquerdo. O início fulminante do Tricolor Paulista quase se traduziu em mais um gol quando, aos oito minutos, Souza tirou o argentino Maidana para dançar um tango e carimbou o travessão.

Refeito da blitz são-paulina nos primeiros minutos, o Grêmio conseguiu se organizar e passou a buscar o empate. Mas, isolado no ataque, Rômulo não levava vantagem sobre a zaga paulista. A equipe gaúcha encurralava os são-paulinos no campo de defesa, insistia no jogo aéreo, mas praticamente não criava chances claras de gol. E quando criava, não levava sorte. Num lance curioso, Rafinha acertou um belo chute de primeira mas a bola bateu em seu companheiro Lucas e foi para fora.

Mas se enganou quem pensou que o São Paulo havia parado de jogar. Aos 39, o inspirado Souza fez o que quis com a zaga gremista e só não marcou um gol de placa porque o chute colocado acertou, caprichosamente, a trave. Ainda antes do intervalo, o Grêmio levou perigo com Rômulo, que pegou de primeira após cruzamento de Wellington, mas Rogério Ceni defendeu no susto.

Se na etapa inicial o São Paulo começou com tudo, no segundo tempo o Grêmio deu o troco logo aos três minutos: Hugo recebeu passe pelo alto de Tcheco, dominou com categoria e chutou sem chance de defesa para Rogério. Mas, passada a empolgação pós-empate, o ritmo intenso do primeiro tempo pareceu ter cansado ambas as equipes, e o jogo ficou mais cadenciado. Mesmo com mais posse de bola, o time gaúcho, à exceção de um chute perigoso de Hugo aos 46, deu pouco trabalho a Rogério Ceni, e o São Paulo teve competência para administrar o empate que ficou de ótimo tamanho.

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