Enfim, ataque

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A consistência defensiva o Pa­­raná trouxe do Estadual. Fal­­tava força no ataque. Problema que aparentemente foi resolvido logo na estreia na Série B: 3 a 0 sobre o vice-campeão mineiro Ipatinga, com excelente participação ofensiva dos reforços Leandro Bocão e Gílson.

Atuando como centroavante, Bocão fez dois gols. Mais importante do que isso, para a se­­quência do campeonato, encaixou uma boa dupla de frente com Marcelo Toscano – autor do outro.

A parceria se complementou. Com o novo companheiro fa­­zen­­do o papel de referência na área, Toscano cresceu como segundo atacante. Sem a responsabilidade de ser o único finalizador, teve mais liberdade para se mexer. Assim, fez a jogada do primeiro gol pela esquerda. Mas não deixou de chegar na área. Desta forma, também marcou o seu.

Apesar de assumir a função de centroavante, Bocão não deixou de se movimentar. Inclu­­sive voltando algumas vezes para buscar a bola. Natural para quem também já atuou muito na meia. Houve até troca de posição com o parceiro para confundir a defesa adversária.

Já o lateral-esquerdo Gílson, autor da jogada do gol de Toscano, mostrou força no apoio. Ter um ala com essa ca­­racterística é fundamental pa­­ra um time que joga com três zagueiros e dois volantes. Co­­mo o atacante também caiu mais por ali, o flanco esquerdo foi o principal caminho de ataque.

Do outro lado, o improvisado volante João Paulo não foi tão agudo, mas fez uma partida regular – o ponto alto foi a falta batida para o segundo gol de Bocão. Outro estreante, o volante Ives, além de marcar, desceu algumas vezes pelo se­­tor.

A lista de caras novas foi completada pelo meia Wanderson. Responsável por fazer o jogo fluir, mostrou qualidade, mas não participou de muitas jogadas perigosas. É o principal can­­didato a deixar o time para o retorno de Márcio Diogo – recuperado de lesão. Com ele, o técnico Marcelo Oliveira poderá até resgatar a ideia de um meia-atacante de cada lado – Toscano seria o outro – e um centroavante. No começo do ano, a formação não deu certo com Wellington Silva fazendo essa função.

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Gênio

Marcelo Oliveira

Em duas semanas de treinos após o fim do Estadual, o técnico paranista conseguiu aliar a consistência defensiva, para qual a equipe já demons­­trava aptidão, à força ofensiva. Isso com a estreia de quatro reforços.

Professor Pardal

Jorge Fossati

Enquanto os demais envolvidos em outras competições pouparam alguns jogadores, o treinador escalou apenas dois titulares do Inter contra o Cruzeiro. Perdeu por 2 a 1 e quase brigou com um repórter após o jogo.

Operário-padrão

Leandro Bocão

Do meio para a frente, o reforço paranista já jogou em todas as funções. Posicionado como centroavante pelo técnico Marcelo Oliveira, marcou dois gols e se entendeu muito bem com Marcelo Toscano.

Peladeiro

Paulo Baier

O experiente meia deixou mais uma vez o Atlético na mão após uma expulsão que poderia ser evitada, ao colocar a mão na bola quando já tinha cartão amarelo na derrota para o Corinthians.