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Cornélio Procópio – Sim, existe coxa-branca em Cornélio Procópio. O estudante Bruno Moscato, de 14 anos, é considerado uma exceção na cidade do Norte pioneiro, habituada a torcer pelos times de São Paulo.

Ontem, na primeira vez em que o time titular treinou no Estádio Ubirajara Medeiros nesta segunda passagem do Coritiba pelo município no ano, lá estava o garoto, devidamente vestido com a camisa 10 alviverde, admirando os novos ídolos do time do coração.

Nem o pouco caso dos amigos diminui a convicção de Bruno, apaixonado pelo Alviverde. "Sou um torcedor à distância, mas sempre que posso procuro me informar sobre o Coritiba. Não dou bola para o que pensam os outros. Sou coxa-branca e ponto final", disse ele, que só conhece o Couto Pereira por fotos e imagens de tevê.

O amor do garoto pelo time do Alto da Glória tem dois responsáveis. Fã da dupla Paquito e Tião Abatiá, o funcionário público Darci Moscato se recorda com saudade da década de 70, considerada os anos dourados da quase centenária história coritibana. Bruno cresceu ouvindo o pai contar as grandes passagens daquela equipe, "capaz de vencer o Santos com Pelé e tudo", ressalta Darci, se referindo ao 1 a 0 do Brasileiro de 1971, no Alto da Glória (gol de Tião Abatiá). "Eu estava lá, eu estava lá", apressa-se em contar.

Mas a boa fase se foi e a realidade é outra. E dura. O rebaixamento à Série B ainda não foi assimilado pelos Moscato. "Foi um fracasso. Para quem viu o grande Coritiba, é muito difícil aceitar", admite o funcionário público.

Quanto ao futuro, só divergências. Bruno é otimista; Darci, pragmático. "É começo de temporada e ninguém está totalmente preparado. Mas vai melhorar. Se o Coritiba pegar firme, sobe de novo para a Série A", comenta o estudante. "Que nada, esse time é ruim mesmo", retruca o pai.

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