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São Paulo - A seleção feminina de ginástica artística inicia hoje sua luta para participar pela terceira vez da Olimpíada. Em Roterdã, na Ho­­landa, onde tem início o maior Mundial de todos os tempos em participação de ginastas – são 572 –, o Brasil entra como in­­cógnita e sem expectativa de chegar ao pódio.

Pela primeira vez o país não tem listado um atleta entre os destaques da competição – posto que vinha sendo ocupado por Diego Hypólito, recém-operado no pé esquerdo. No caso do feminino, o Mundial será um du­­ro teste para a seleção, que sofre para encontrar novos talentos. "A equipe renovou pouco, é verdade. Mas é que não podemos arriscar muito agora, isso leva tempo e deve ser feito com critério. Temos de trazer a melhor equipe que temos e é essa de agora", diz a técnica Viviane Cardo­­so.

Segundo ela, a seleção visa exclusivamente a se colocar entre as 24 melhores, o que garante a presença no Pré-Olímpico de 2011. Ao todo, 35 equipes disputam o torneio feminino, com o favoritismo dividido entre norte-americanas e chinesas. "No primeiro dia, nós decidiremos quatro anos de trabalho. Temos só de mostrar o que fazemos no treino. Não acho que este Mundial será mais difícil do que outros", diz Daniele Hypólito, de 26 anos.

Com a orientação de uma nutricionista e mais treinos, a ginasta mais experiente do time perdeu 7 kg e voltou ao pódio na Copa do Mundo e no Pré-Pan. Daniele reconhece que a seleção não mudou muito e atribui isso à falta de equipamentos de ponta em diferentes locais do país. "Para se ter renovação, é preciso ter a seleção e pelo menos uma reserva à altura para cada titular. Para isso, é preciso aparelhagem mais renovada", afirma.

Além dela e de Jade Barbosa, que reestreia pela seleção após a Olimpíada de 2008, a equipe terá Ethiene Franco, Priscila Cobello, Bruna Leal e Adrian Go­­mes – só a última e a reserva Ga­­briela Soares são estreantes em Mundiais.

"Não devemos ter pódio, pois perdemos atletas [como Daiane dos Santos, fora devido às questões pós-doping], mas há renovação na equipe", diz Klayler Mour­­thé, supervisor da Con­federação Brasileira de Gi­­nás­tica, citando que Ethiene, Bruna e Priscila entraram na seleção principal após os Jogos Olím­picos de Pe­­quim 2008.

Hoje, no Palácio de Esporte Ahoy, o Brasil atua na terceira de seis rotações, quando 22 times se exibem – a posição final sai no domingo, após todas se apresentarem. "A meta é melhorar o posto do Mundial anterior [quinto, em 2007]. Mas devemos ficar do oitavo ao 14.º", diz Viviane.

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