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Detalhe do deslocamento da cobertura do Engenhão | Ricardo Moraes / Reuters
Detalhe do deslocamento da cobertura do Engenhão| Foto: Ricardo Moraes / Reuters

Vasco empaca

O Vasco continua sem vencer no segundo turno do Estadual do Rio. Na tarde de ontem, ficou no 0 a 0 com o Olaria, pela terceira rodada da Taça Rio. Com este empate, o time vascaíno soma seu primeiro ponto no segundo turno da competição. "Não tem de dizer, tem de trabalhar, ficar falando arruma mais encrenca", disse o lateral-direito Nei, resumindo a situação. O técnico Paulo Autuori, que estreou no comando do clube, prepara o time agora para o clássico contra o Botafogo, na quarta-feira (3 de abril), em Volta Redonda. Ainda ontem, o Fluminense começou levando gol do Macaé, em São Januário, mas virou o placar com três gols do jovem Michael. ganhou por 3 a 1. O Flamengo, por sua vez, encarou o Bangu, em Moça Bonita.

Interdição muda tabela do Carioca

A interdição do Engenhão está fazendo a Federação Carioca de Futebol (Ferj) quebrar a cabeça e, inclusive, mudar decisão anunciada no dia anterior. Ontem, a entidade adiou a partida entre Botafogo e Fri­­burguense, pela terceira rodada da Taça Rio, para o dia 10 de abril, no Estádio Moça Bonita, às 16 horas. Na última terça, a decisão havia sido de manter o confronto para hoje, às 19h30, mas apenas mudar a sua sede para São Januário.

Essa não foi a única alteração na tabela. O clássico entre Vasco e Botafogo, pela quarta rodada, que seria domingo no Engenhão, será na próxima quarta, dia 3/4, no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A terceira e última mudança foi no duelo Fluminense x Boavista, também pela quarta rodada. A partida será realizada no sábado, data prevista inicialmente, mas em Moça Bonita, às 16 horas.

A prefeitura do Rio de Ja­­nei­­­­ro e o consórcio responsável pela construção do En­­ge­­nhão, formado pelas empresas Odebrecht e OAS, afirmaram ontem que a interdição do Estádio Olímpico João Havelange foi motivada pelo deslocamento da cobertura. Ao anunciar na última terça-feira a decisão de interditar a praça esportiva, o prefeito Eduardo Paes havia afirmado que os "problemas na cobertura" ofereciam risco aos torcedores. Segundo informou o consórcio, o deslocamento vem desde a inauguração do Engenhão para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 380 milhões.

Somente agora, seis anos depois, prefeitura e consórcio têm pleno conhecimento do risco. Ontem foi apresentado ao prefeito um relatório da empresa alemã SBP, "referência mundial em engenharia estrutural", como referiu o consórcio, que aponta o risco de "ruína" da cobertura (total ou parcial) em caso de ventos a 63 km/h, sob determinadas circunstâncias como altura e direção.

O engenheiro do consórcio Engenhão, Marcos Vidigal, afirmou que, desde 2007, não houve nenhum novo deslocamento na cobertura. Segundo ele, na época da construção, depois que fossem retiradas as escoras da cobertura, havia um deslocamento previsto – que foi 50% maior do que o esperado. O problema atinge a cobertura dos setores leste e oeste (lados do campo); norte e sul estão normais. Por causa do deslocamento, o estádio estava sendo monitorado desde a inauguração.

Logo após a conclusão da obra, o engenheiro responsável pelo projeto básico da cobertura, Flávio D’Alambert, emitiu parecer técnico garantindo a segurança da estrutura. "Porém, era preciso verificar o motivo do deslocamento e se o mesmo poderia comprometer a estrutura", informou o consórcio.

Em 2010, a alemã SBP foi contratada, construiu uma maquete do estádio já com o deslocamento constatado e a submeteu a um túnel de vento. "A SBP concluiu de forma definitiva que a estrutura do Engenhão deverá passar por intervenções preventivas", informou o consórcio à prefeitura, aconselhando a interdição.

Por ora, não há nenhuma solução. "Acabamos de receber o relatório indicando um problema sério, sem soluções. No máximo em 30 dias queremos ter uma solução para o problema e vamos anunciar", prometeu o presidente da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), Armando Queiroga, que representou o prefeito Eduardo Paes na entrevista coletiva. Caso o problema seja de projeto, a prefeitura arcará com as despesas.

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