Como será a assembleia para vender o Pinheirão?
Clubes e ligas de futebol amador do Paraná votam sim ou não à proposta. Pelo artigo 5º do estatuto da FPF, o voto é igualitário para todos os membros em dia com a entidade e pelo menos dois anos de filiação.
Há impedimento legal para uma possível venda?
No ato da doação, criou-se uma lei (3.583/69) com vários senões. Entre as exigências, diz que a FPF teria de entregar um estádio para 120 mil pessoas em seis anos. Em caso do não cumprimento, a edificação e o terreno, incluindo benfeitorias, deveriam ser reincorporados ao patrimônio público sem indenização. Da mesma norma, tem-se que o lote doado não pode ser transferido a outro proprietário.
Por que a prefeitura não age?
Ao longo dos anos, alguns vereadores já pediram o cumprimento da lei por parte do executivo, mas nada foi feito. Para o poder público, a decisão cabe unicamente à Federação.
Qual é o valor do imóvel?
Há quase dois meses, a área onde o Pinheirão está localizado foi avaliada em R$ 42 milhões pela Câmara de Valores Imobiliários.
A edificação tem algum valor?
A aferição considera somente o terreno, até porque o estádio está extremamente deteriorado e não possui valor relevante. A FPF estima que o patrimônio valha quase o dobro, cerca de R$ 80 milhões.
Qual o montante da dívida do Pinheirão?
São dívidas com IPTU, INSS e Atlético na ordem dos R$ 50 milhões.
Qual a engenharia financeira planejada pela Federação?
Basicamente, vender o imóvel, pagar os débitos e ainda usufruir o excedente.
Como surgiria o novo Pinheirão?
A ideia do investidor, pretenso comprador do imóvel, é erguer um estádio no Tarumã para 45 mil pessoas, ao custo de R$ 440 milhões. No total, planeja-se despender cerca de R$ 1 bilhão.
O Coxa entra como na jogada?
Para alterar seu endereço, o clube cederia o terreno do Couto Pereira e não teria ônus envolvendo receitas. Até a conclusão da obra, o time continuaria mandando as suas partidas no Alto da Glória.
Quem é o investidor?
O nome segue em sigilo.
O que seria feito com o Couto?
Demolido. O mesmo investidor ficaria, após entregar o novo estádio, com o terreno para futuros investimentos imobiliários.
É um estádio para a Copa?
A ideia de se tratar de um "plano B" para a Copa é fortemente rejeitada pelos envolvidos. Apesar disso, o estádio pode acabar se tornando uma alternativa.
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