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São Paulo (Folhapress) – Fernando Alonso estava na Curva do Lago quando colocou a mão no título mundial de 2005.

Retornava para os boxes lentamente, na volta de desaceleração, quando pelo rádio seu engenheiro informou que Kimi Raikkonen cometera um erro no S do Senna. "Abri um sorriso’’, admitiu o espanhol, que durante a semana esforçou-se para manter uma atitude fria, de indiferença.

Sorriso mais do que justificado. Último piloto a entrar na pista e favorito à pole position no GP do Brasil após o forte desempenho da McLaren em todos os treinos, Raikkonen despencou para quinto com o erro na primeira curva de Interlagos. O mesmo erro alçou Alonso, até então o mais rápido na sessão, para a sétima pole da carreira, a quinta em 2005.

O tempo do piloto ontem, 1min11s988, foi 0s157 mais rápido do que Juan Pablo Montoya, colega de Raikkonen na equipe inglesa, e segundo colocado no grid. A etapa brasileira da F-1, a 17.ª do ano, acontece a partir das 14h.

"É claro que estou feliz, mas tenho de manter a concentração, não cometer erros na corrida e terminar a prova’’, declarou o espanhol. Uma terceira posição na prova de hoje dá o título para ele, independentemente da colocação de Raikkonen, único piloto ainda em condições matemáticas de lutar pelo Mundial.

Com Raikkonen praticamente fora da disputa no primeiro trecho da corrida, caberá a Montoya trabalhar, enfim, pela equipe. Neste ano, nas ocasiões em que poderia ter ajudado o finlandês, ele acabou cometendo erros e dando pontos de graça para Alonso. Hoje, porém, o colombiano terá um interesse especial em derrotar o espanhol: diz ter carro para lutar pela vitória.

O erro de Raikkonen encerra uma seqüência de três poles da McLaren. Desde o GP da Turquia, no final do mês passado, apenas a equipe largava na frente. Com o título escapando por entre seus dedos, o finlandês se agarra agora na possibilidade de chuva para a corrida.

Historicamente, a prova brasileira é a que tem maior índice de pista molhada na história da F-1. E a meteorologia prevê chuva forte durante as 71 voltas, o que a categoria não vê desde 2003.

GP do Brasil de Fórmula 1, às 14 horas, na Globo/ RPC.

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