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O ex-goleiro Zetti, tetracampeão mundial em 1994, é o novo técnico do Paraná. A escolha se encaixa no perfil que vem sendo a aposta do clube nas últimas temporadas: um treinador ainda em início de carreira, em busca de reconhecimento nacional. A receita ganhou um tempero a mais, considerado pelo presidente José Carlos de Miranda o mais importante para a definição do nome do comandante para 2007. Pode parecer contraditório, mas apesar de novato na profissão, foi a experiência que valeu a Armelino Donizete Quagliato, de 41 anos, o cargo deixado vago por Caio Júnior.

Como jogador, Zetti foi duas vezes campeão da Libertadores, em 1992 e 1993, e vice em 1994, sempre pelo São Paulo. O vasto conhecimento da competição, que será prioridade do Tricolor em 2007, o pedido salarial adequado à realidade do clube e o estilo otimista do novo técnico foram determinantes para o acordo, válido por um ano e sem multa rescisória.

Para não fugir de uma exigência imposta por ele mesmo para peneirar o nome do próximo comandante do time, o presidente Miranda até destacou um certo paranismo na vinda do ex-goleiro.

"Sabe onde ele começou a carreira? No Toledo. E defendeu até a seleção do estado. Não precisa nascer aqui, mas sim ter ligações com o estado", defendeu-se o professor Miranda, dono da pousada em Morretes na qual ocorreu a apresentação do reforço. Junto com Zetti chegam o auxiliar Silas, ex-jogador do São Paulo e do Atlético, e o preparador físico Fernando Moreno.

À beira do gramado, o tetracampeão teve seu melhor momento levando o Paulista ao vice-campeonato do Estadual de 2004 e à segunda colocação da Série B do mesmo ano com o Fortaleza. Passou por Guarani, Ponte Preta e São Caetano sem sucesso. Antes de aceitar o convite do Paraná, estava trabalhando como comentarista da Rádio CBN em São Paulo – curiosamente a mesma situação vivida por Caio Júnior antes de assumir o Tricolor este ano.

A versão 2007 do técnico Zetti, entretanto, promete ser mais amadurecida do que a que começou a trajetória na função há cinco anos. "Fiquei este ano parado por opção, estudando o futebol, até porque era ano de Copa do Mundo", explicou o novo contratado.

Zetti elogiou a estrutura do clube e admitiu que aceitou a proposta por causa da Libertadores e do Brasileiro. "Não vim por dinheiro", falou. No discurso, apesar de mostrar consciência das limitações financeiras do Tricolor, esbanjou otimismo. "Vim para ganhar tudo", finalizou.

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