O sonho de participar das Olimpíadas levou Ketlen Lima da Costa, 13 anos, até o Portal do Futuro Bairro Novo, há dois anos. E logo nas primeiras braçadas a curitibana descobriu a aptidão para a natação.
Manutenção deficiente prejudica usuários dos espaços públicos
Responsáveis pela conservação, Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) e Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA) admitem falhas
- Gabriela Ribeiro, especial para a Gazeta do Povo
Vandalismo e falta de manutenção atrapalham a utilização dos espaços esportivos em Curitiba. Transtorno que o poder público ainda busca alternativas para enfrentar.
A Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) coordena os Portais do Futuro e Centros de Esporte e Lazer (CEL). Para reformas, a SMELJ dispõe de R$ 800 mil anuais, mas o secretário da pasta, Aluísio Dutra Junior, estima que o ideal seja bem maior. “Seriam necessários pelo menos R$ 2 milhões”, diz.
A manutenção das praças que têm equipamentos de esporte é responsabilidade da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA). Segundo Alfredo Trindade, superintendente de obras, as nove regionais da cidade dividem uma verba mensal de R$ 1,35 milhão.
Ambas as secretarias afirmam que estão trabalhando em conjunto, mas admitem as falhas na conservação. “É uma relação que precisa ser mais afinada”, afirma Trindade.
O superintendente diz que os trâmites das verbas municipais impedem as manutenções imediatas. A recomendação é que as reclamações sejam apresentadas através do número 156.
“Conheci treinadores, comecei a competir e não parei mais. Se eu tivesse iniciado em uma academia particular, não teria as mesmas oportunidades que tenho tido aqui”, diz Ketlen.
Curitiba dispõe atualmente de mais de 500 espaços públicos esportivos – lista que você encontra mapeada no site da Gazeta do Povo. Entre eles, estão quatro Portais do Futuro e 26 Centros de Esporte e Lazer (CEL), números do site da Prefeitura.
“Ocupar a cidade é trabalhar um sentimento de pertencimento”, afirma o prefeito Gustavo Fruet. Como um incentivo para que a população use as ciclovias, Fruet costuma pedalar por Curitiba. “No momento em que as pessoas estão na rua, isso se reflete até no cuidado com as coisas”, completa.
Para o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernando Mezzadri, a ocupação é também fundamental para o desenvolvimento do esporte. Referência na área de políticas públicas, Mezzadri explica que a oferta é responsabilidade do governo. “A gente precisa pensar na democratização do acesso ao esporte”, explica.
O secretário de Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) de Curitiba, Aluísio Dutra Junior, garante que a cidade é privilegiada na oferta. Para Dutra Junior, o trabalho deve focar na criação de políticas públicas que incentivem a sociedade. “O que a gente precisa fazer é organizar maneiras de ocupação”, afirma.
Não há apenas locais públicos para lazer disponíveis. Em ginásios cedidos pela Secretaria de Esporte e Lazer do Paraná, a cidade abriga o Centro de Excelência de Ginástica e um programa de iniciação ao vôlei apoiado pelo técnico Bernardinho. É o principal equipamento mantido pelo governo do estado.
A Praça Oswaldo Cruz, que está fechada para reformas, também será um centro para curitibanos que querem ser profissionais do esporte. Ketlen é uma das jovens atletas que aguardam a reabertura do local. “Eu quero treinar muito para dar um futuro para minha família”, planeja.
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