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Adilson Batista gosta de escalar ao menos três volantes no meio de campo, mas a defesa do Atlético segue desprotegida | Walter Alves/ Gazeta do Povo
Adilson Batista gosta de escalar ao menos três volantes no meio de campo, mas a defesa do Atlético segue desprotegida| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Quando a escalação do Atlético pintou na tela da televisão no último sábado, muitos torcedores rubro-negros certamente temeram pelo o que poderia ocorrer em Sete Lagoas-MG. Não deu outra e o xará mineiro venceu por 3 a 0, mesmo com o meio de campo paranaense povoado com quatro volantes. O sistema defensivo de Adilson Batista não funcionou e o que restou de ataque, só com Guerrón, muito menos.

A forma com que o treinador atleticano gosta de posicionar os times que comanda não é novidade. Foi assim por onde passou. E no Atlético, essa convicção está cada vez mais forte. Algo que não vem agradando a torcida e nem mesmo os jogadores, que não entenderam o que o técnico pretendia na partida contra o Galo, como afirmou o lateral-esquerdo Paulinho. "Nós não estamos entendendo o que o Adilson quer. Está todo mundo embolado no meio de campo."

O esquema que privilegia a marcação tem se mostrado ineficaz, já que o Furacão só não sofreu gols em duas das nove partidas sob o comando de Adilson – contra Cianorte e Bahia. Ao todo, a equipe teve a meta vazada em 12 oportunidades.

Para a crônica esportiva, chegou a hora de o técnico rever os conceitos. "Eu acho uma teimosia dele querer se basear no sistema do Barcelona. Lá é a base da seleção da Espanha. Ele está se batendo e tem de tomar cuidado com a carreira dele, porque durou pouco no Corinthians e no Santos. Se sair do Atlético, é ruim para o currículo dele", opina o colunista da Gazeta do Povo, Carneiro Neto.

O também colunista do jornal, Airton Cordeiro, vê o Atlético sem poder ofensivo em uma escalação com quatro volantes. "Nem com tanta preocupação defensiva conseguiu neutralizar um adversário como o Atlético-MG. Com o ataque praticamente inexistente, dificilmente vai chegar a resultados vitoriosos", prevê.

Cordeiro ressalta, entretanto, que o baixo rendimento pode ter relação com a qualidade do elenco. "Competiria ao clube fazer mais contratações e de acordo com as convicções táticas dele. Se isso não for feito, o melhor que o Atlético faria é contratar um técnico que se contente com o elenco."

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