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Edu Matos, que sofreu parada cardíaca na partida entre Araripina e Porto, foi transferido do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru, para o Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco, em Recife. Durante o percurso de cerca de 130 km, o jogador não sofreu nenhuma alteração, como temiam os médicos que o atenderam. Agora, o jogador será submetido a um cateterismo (exame em que um catéter é inserido em um vaso sanguíneo do paciente até chegar ao coração para injetar um líquido de contraste para a radiografia) para saber a causa do seu problema.

"Ele ainda está em coma induzido e nossa primeira preocupação é fazer com que a situação dele estabilize. Assim que for possível, ele vai fazer o cateterismo, exame que achamos fundamental para saber a causa do problema", afirmou o dr. Paulo Farias, médico do Procope.

Um dos fatores que podem ajudar Edu a se recuperar é seu histórico familiar. Segundo seus parentes, não há registro desse problema em seus antecedentes.

"Os pais dele são de Sergipe e vieram para cá correndo, junto com os dois irmãos. Pelo que eles falaram, não há histórico de problemas cardíacos na família. Também me relataram que o jogador fez todos os exames necessários antes da temporada começar, mas isso eu não posso garantir porque não vi esses exames", diz o médico Albiegio Tavares, que atendeu o jogador em Caruaru.

Os pais e os irmãos de Edu seguiram atrás da ambulância que levou o zagueiro para Recife. A família deve ficar na cidade acompanhando o jogador. No hospital, o irmão do zagueiro, Eduardo Matos, relatou como recebeu a notícia: "Estava vendo o jogo do Palmeiras pela televisão, quando o narrador disse que um jogador do Araripina tinha passado mal em campo. Na hora em que vi a imagem, reconheci imediatamente", disse Eduardo, que assegurou ao "Diário de Pernambuco" que ninguém da família tem histórico de problemas cardíacos.

O cardiologista Anderson Almeida, que acompanhou a transferência do atleta pelo Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para Recife, disse que foi constatado uma miocardiopatia hipertrófica no coração de Edu. "É o aumento anormal da espessura muscular do coração. Essa patologia é a principal causa de morte súbita entre atletas. Mas também pode ocorrer em pessoas que não praticam esportes. Pode acontecer em uma a cada quinhentas pessoas. Mantivemos o paciente sedado e no coma induzido para que ele não ficasse agitado. Tinha também a questão do edema cerebral. Tínhamos que controlar a pressão. Mas a transferência se deu de forma tranquila".

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