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A estiagem que atinge o Paraná ameaça a principal competição de canoagem slalom prevista para este ano no Brasil. O Pan-Americano da modalidade, marcado para Foz do Iguaçu nos dias 23 e 24 de setembro, e vai servir como seletiva para o Mundial de 2007, também programado para Foz, pode ter problemas por causa do baixo nível do Rio Iguaçu e, conseqüentemente, do lago da Usina de Itaipu, local da disputa.

"Essa seca já preocupa para a realização da competição", disse o superintendente de slalom da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), Fábio Persuhn.

Por enquanto, nenhuma alternativa como a suspensão, adiamento ou transferência de local do torneio foi cogitada pela entidade.

A preocupação da confederação se explica. Se o nível de chuvas continuar abaixo da média normal até setembro, as usinas da Bacia do Iguaçu, onde estão as principais hidrelétricas paranaenses, terão de parar a produção de energia, sobrecarregando Itaipu. Nesse caso, as comportas da usina binacional serão abertas para atender a demanda, baixando o nível do lago onde foi construída a pista artificial de 400 metros, a maior de slalom da América do Sul e uma das dez melhores do mundo, que serve como local de treinamento para a seleção brasileira. "Vamos torcer para que a previsão de normalização das chuvas se concretize", disse Persuhn.

Por enquanto, os treinos dos 15 atletas da seleção permanente de canoagem slalom continuam sem problemas. "Está tudo normal. Não tivemos de suspender nenhum dia de treinamento", afirmou o auxiliar técnico da seleção, Antônio dos Santos.

Em Tibagi, onde a prefeitura da cidade mantém, com parceria da CBCa, uma escolinha da modalidade para 80 crianças entre 8 e 17 anos de idade, os treinos também continuam, mesmo com o nível do Rio Tibagi abaixo do normal. "No ponto do rio onde acontecem os treinamentos, há um volume razoável de água. Claro que não tem o mesmo nível de dificuldade se ele estivesse cheio", disse o secretário de esportes da cidade, Luiz Carlos Ribeiro.

Segundo as previsões do Instituto Tecnológico Simepar, o nível de chuvas só voltará ao normal no estado a partir de setembro, o que mantém a incerteza sobre a realização da competição.

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