• Carregando...
Felipe Massa parabeniza o colega de equipe Fernando Alonso pela vitória. Aparentemente, Ferrari tem um time unido neste início de temporada | Karim Sahib/AFP
Felipe Massa parabeniza o colega de equipe Fernando Alonso pela vitória. Aparentemente, Ferrari tem um time unido neste início de temporada| Foto: Karim Sahib/AFP

Sakhir, Bahrein - Milhões de fãs acompanharam a corrida de Michael Schumacher, da Mercedes, ontem, com igual ou maior interesse que a disputa entre os pilotos da Red Bull e da Ferrari pela liderança. Não é para menos: o alemão, sete vezes campeão do mundo, retornou à competição aos 41 anos, depois de três anos ausente. Largou em sétimo, como na sua primeira prova na Fórmula 1, em 1991, na Bélgica, e terminou em sexto – na estreia, há 19 anos, abandonou depois da largada, com a quebra da transmissão da Jordan.

"Estou contente", afirmou Schumacher. "Tive dificuldades ontem (sábado) para tirar tudo de mim e do carro na classificação, mas hoje (ontem), durante a corrida, fui melhorando o meu ritmo com o seu andamento."

O fim de semana todo ficou atrás do companheiro de Mercedes, o jovem Nico Rosberg, de 24 anos, nas três sessões livres, na definição do grid e também, na corrida – Rosberg terminou em quinto, a mesma posição em que largou.

"Confesso estar um pouco preocupado com a largada. Fazia muito tempo que não disputava uma prova e nos treinos você treina a largada sozinho", disse o alemão, após a corrida. "Mas foi melhor do que eu esperava." O alemão se aproveitou da má largada de Mark Webber, da Red Bull, para assumir o sexto lugar.

"Outra preocupação era com a condição fisica, apesar de ter me preparado muito para essa minha volta. Mas descobri que a Fórmula 1 ficou mais fácil do ponto de vista físico", disse Schumacher. E explicou: "É só você observar os tempos de volta e ver quão mais lentos nós ficamos com o fim do reabastecimento. Passamos a ser menos exigidos. Você estabelece seu ritmo e vai até o fim", disse, em tom crítico.

A respeito do andamento da competição, sua análise antes mesmo do GP de Bahrein foi acertada. "Aconteceu exatamente o que eu havia previsto. Nós estamos junto da McLaren, talvez um pouco à frente, mas bem distantes de Red Bull e Ferrari." Não demonstrou estar desanimado por não dispor de um carro competitivo na volta à Fórmula 1, como era a Ferrari dos seus cinco títulos consecutivos, de 2000 a 2004.

"Mesmo com a proibição de treinar, temos um extenso programa de desenvolvimento para nosso carro e considero perfeitamente possível avançarmos a ponto de enfrentar Red Bull e Ferrari." O heptacampeão tem um diagnóstico para as dificuldades da Mercedes: "Aerodinâmica, basicamente."

Schumacher explicou o que mais sentiu de diferença para as corridas que disputava anteriormente: "Os pneus. Os dianteiros são muito estreitos, não oferecem a aderência que eu estava acostumado. Vou ter de me acostumar com isso." E reconheceu: "Pedi para meu time trabalhar no carro a fim de reduzir essa tendência de o carro sair de frente."

Suas declarações vão cada vez mais na direção do que já disse: "Assinei contrato de três anos com a Mercedes porque aprendi na Fórmula 1 que não se consegue os objetivos de imediato. Meu plano é ser campeão pela oitava vez nesse prazo de três anos." Afirmou que em Melbourne, na Austrália, dentro de quinze dias, se apresentará em melhor condição.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]