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Vinícius, zagueiro do Cerâmica: clube trocou o futebol amador pelo profissional sonhando em lucrar com a venda de jogadores | Dinei Jr./Jornal Correio de Gravatai
Vinícius, zagueiro do Cerâmica: clube trocou o futebol amador pelo profissional sonhando em lucrar com a venda de jogadores| Foto: Dinei Jr./Jornal Correio de Gravatai

Esse é o Vilhena

O atual campeão rondoniense tem jogadores da Belletti Sports.

- Classificou-se como campeão rondoniense de 2009. O outro título do clube foi o regional de 2005.

- As cores do clube são o vermelho, azul e branco.

- Já foi treinado pelo ex-goleiro de Vasco, Grêmio e Coritiba Mazzaropi. Porém foi uma passagem relâmpago: três jogos, uma vitória, um empate e uma derrota.

- No ano passado, enfrentou a Ponte Preta na Copa do Brasil. Perdeu em casa por 2 a 1 e em Cam­­­­pinas acabou goleado por 6 a 1.

- Parte do elenco atual da equipe é formado por jogadores da Belletti Sports, empresa do lateral-direito paranaense, atualmente no Chelsea.

- A folha de pagamento do Vi­­lhena consome R$ 60 mil por mês. Mais R$ 20 mil completam o orça­­mento do clube.

Esse é o Cerâmica

Nascimento em homenagem a Getúlio Vargas.

- O clube foi fundado em 19 de abril de 1950, em homenagem ao ex-presidente Getúlio Vargas, nascido nesse dia.

- Classificou-se graças ao vice-campeonato da Copa Lupi Martins, em 2008. Fará a sua estreia na competição.

- As cores do clube são o preto, verde e amarelo.

- O nome vem de um dos três setores da Indústria de Conservas Farrapo Ltda, tradicional empreendimento do município. Além da produção de louças de barro, a Farrapo possuía tipografia e setor de condimentos.

- Como gremistas e colorados, os fãs do Cerâmica também im­­por­­ta­­ram o estilo argentino de tor­­cer, com as "barras bravas" Los Im­­­­pe­­ra­­­­dores e Guerreiros da Aldeia.

- O elenco da equipe gaúcha custa R$ 50 mil por mês.

- O objetivo do clube é disputar a Primeira Divisão do Campeonato Gaúcho.

Se o "atalho para a Copa Liber­­ta­­dores" Atlético, Coritiba e Paraná ainda não conseguiram encontrar onde fica, pelo menos uma coisa a Copa do Brasil tem rendido: desde 1999, quando a CBF ampliou o número de participantes da competição para 64, todo ano o trio ganha nova chance para "descobrir (ou redescobrir) o Brasil".Não fosse a competição nacional, nossos clubes jamais teriam a oportunidade de enfrentar o Sampaio Corrêa (Maranhão), a Desportiva (Espírito Santo) e o Trem (Amapá). Ou então, o Vi­­lhena, de Rondônia, e o Ce­­râ­­mi­­ca, do Rio Grande do Sul, respectivamente, adversários na estreia de Atlético e Paraná, amanhã.

"Todo mundo quer saber se é de comer ou de calçar", diz Ivair Cenci, técnico da equipe do Norte do país, sediada a 2.431 quilômetros de Curitiba. Também não é para tanto. Mas, de fato, neste início de disputa, o desconhecimento sobre o oponente e o local da partida são, possivelmente, o maior obstáculo para os nossos clubes e motivo de curiosidade para os torcedores.

"Nós somos um clube ainda muito novo. Então é normal que as pessoas se perguntem. Mas temos planos ambiciosos, queremos nos firmar como uma agremiação importante do nosso estado", afirma Décio Becker, presidente do Cerâmica.

Fundado em 1950, o time de Gravataí – cidade da região metropolitana de Porto Alegre – profissionalizou-se há apenas três anos, com o objetivo de tornar-se um clube formador de talentos e lucrar com isso. Atualmente, joga a Segunda Divisão do Gaúcho.

"Sempre estive envolvido com o futebol, sou conselheiro do Grêmio. Até que fui convidado pelos dirigentes do Cerâmica e aceitei desenvolver um planejamento estratégico. Acredito que estamos no caminho certo", comenta Becker, dono de metalúrgica no município.

O VEC – como é conhecido o Vilhena – é um pouco mais velho, fundado em 1991. Embora já tenha dois títulos do campeonato rondoniense (2005 e 2009) na galeria, também ainda procura um caminho. "Somos um clube modesto", define José Carlos Dalanhol, presidente do clube, ou o "Gaúcho do Milho", apelido que mistura a origem do dirigente com sua profissão.

Humildade que o deixa na mira dos espertalhões da bola. Na semana passada, Dalanhol se deparou com um verdadeiro "negócio da China". Um empresário de nome Nelsinho propôs o empréstimo de oito jogadores japoneses para os Lobos do Cerrado por quase nada.

Muito papo pelo celular de­­pois, descobriu-se a jogada. "Ele queria que eu depositasse R$ 600, mas não desbloqueava o dinheiro que havia me prometido. No fim das contas, conseguiu enganar um time de Ji-Paraná, que perdeu R$ 1 mil nessa conversa".

Se têm as mesmas dificuldades dentro de campo, Vilhena e Cerâmica revelam pretensões idênticas dentro dele. "Nós queremos fazer o segundo jogo e conhecer Curitiba. Esse é o principal objetivo da equipe. E estamos muito otimistas", diz o meia Lico, destaque do Cerêmica. Com passagem apagada pelo Coritiba em 2000, ele carrega no nome (Fladimir) e no apelido (homenagem ao ponta-esquerda do Flamengo campeão mundial de 1981) o fanatismo do pai pelo Rubro-Negro da Gávea. "Conhecer a Arena é um so­­nho para vários de nossos jogadores. Alguns já atuaram por aí, mas outros não. Por isso nós va­­mos fazer o possível para conseguir não perder por dois gols de diferença (resultado que elimina a segunda partida)", conta o treinador Ivair Cenci.

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