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Os Estados Unidos vão pedir que o organismo dirigente do atletismo internacional decrete suspensões perpétuas para qualquer atleta que tenha exame antidoping positivo para o uso de esteróides. A federação dos EUA é uma das cerca de 300 preparadas para debate no encontro de dois dias da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf). A reunião começa na quarta-feira, e serve como preparação para o 10º campeonato mundial, que começa no sábado.

Atualmente, na primeira vez que um atleta é pego pelo uso esteróides, a punição é de dois anos. Uma segunda violação acarreta na exclusão do esporte. A Iaaf reduziu a pena pela primeira violação de quatro para dois anos em 1997, devido a conflitos com cortes civis, que argumentavam que o prazo era excessivo.

A linha dura dos EUA

A proposta seria uma resposta ao escândalo do laboratório de drogas Balco, que ameaçou destruir a credibilidade do esporte no país.

Em dezembro de 2003, a direção da USA Track & Field (federação de atletismo dos EUA) votou por unanimidade pela suspensao definitiva de atletas que tivessem exames positivos para esteróides.

A punição não se aplica a atletas que já foram indiciados no escândalo do Balco, incluindo Kelli White, campeã mundial em 2003. White aceitou os dois anos de punição após admitir que usou uma variedade de drogas fornecidas pelo laboratório da Califórnia, incluindo o THG, que antes não podia ser detectado.

Dirigentes da Iaaf dizem ser improvável que a proposta seja aprovada no congresso, porque as regras da federação já permitem que membros imponham a punição que quiserem.

Outros delegados também receberam com ceticismo a proposta norte-americana, dizendo que a USA Track & Field recusou-se, durante anos, a divulgar exames positivos de atletas do país.

Outras mudanças nas regras

Os 211 membros da federação também vão estudar a recomendação do conselho de regras da Iaaf propondo o fim da segunda chance nas largadas. Atualmente, os atletas podem queimar uma largada, mas um segundo erro significa desclassificação. Antes, cada atleta podia queimar duas vezes.

O congresso também será requisitado a confirmar a mudança de regra feita pelo conselho neste ano em relação a nacionalidades. Agora, os atletas precisam esperar três anos depois de receberem a nova cidadania antes de competirem pelo novo país, mas o prazo pode ser reduzido para 12 meses se os membros das federações concordarem.

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