Ex-árbitro da NBA pega até 25 anos de prisão

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O ex-árbitro da NBA Tim Donaghy foi julgado culpado por dois crimes ligados à liga americana de basquete, pela juíza Carol Bagley Amon, da US District Court, nesta quarta-feira. Donaghy responde por fazer parte de um esquema de fraude contra a NBA, crime pelo qual pode pegar até 20 anos de prisão, e por estar metido em apostas na NBA, inclusive em jogos que ele mesmo apitou, o que acumularia mais cinco anos à pena. Todas as acusações aconteceram entre 1º de dezembro de 2006 e 30 de abril de 2007. As informações são do site da ESPN.

Ao todo, Tim Donaghy deverá pagar U$ 500 mil em multas, o equivalente a cerca de R$ 1 milhão, e U$ 30 mil em restituição, cerca de R$ 60 mil.

O ex-juiz admitiu diante da corte americana os dois crimes. Confessou que havia dois cúmplices aos quais prestava informações confidenciais sobre a agenda dos juizes da NBA e a condição física dos jogadores. Com isso, ele dava "chutes" sobre quem ganharia o jogo para que os dois cúmplices apostassem. Caso o "chute" estivesse certo e a equipe vencesse, os dois apostadores dividiam o prêmio com ele. Caso contrário, ele não ganhava dinheiro algum. A juíza considerou que Donaghy agiu de má-fé ao esconder o esquema da NBA.

Os dois cúmplices ficaram sob custódia federal durante a quarta-feira, aguardando o julgamento de conspiração, que os traria pena de até 20 anos de prisão.

Sobre o outro crime, Donaghy confessou que, mesmo em partidas em que ele era escalado, participou de apostas. Justificou-se dizendo ser viciado em jogo e disse estar em meio a um tratamento psiquiátrico para se curar. Ele confessou também tomar antidepressivos e remédios contra ansiedade.

Um dirigente da NBA, David Stern, disse que Donaghy era juiz de primeira linha e que ninguém suspeitava de suas ligações sujas. Ele estava associado há 13 anos à instituição que regula a liga americana profissional de basquete e, no dia 9 de julho deste ano, renunciou ao cargo. Stern disse que o teria demitido em breve, mas decidiu não faze-lo receoso de que isso pudesse afetar o julgamento.

Para Stern, esta foi "a pior e mais séria situação por que já passou tanto como fã da NBA, quanto como advogado da NBA ou dirigente da NBA".