Ex-freguês derruba o Tricolor

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Parece ter ficado para trás a sina flamenguista de ser freguês do Paraná. Pela segunda vez desde a reforma da Vila Capanema, o time carioca estragou uma bonita festa tricolor. Depois da vitória por 2 a 0 com o time reserva pelo Brasileiro-06, ontem foi a vez do Rubro-Negro carioca fazer 1 a 0 e tomar a liderança do grupo 5 da Libertadores. Resultado que deu fôlego à tese de quem diz que o Tricolor não estava preparado para adversários mais fortes.

Em meio à fumaça dos sinalizadores acesos quando o time entrou em campo, se distinguia uma faixa com a inscrição "Ei, Galvão, Dinélson é seleção". Mal sabia o dono que nem o narrador e muito menos o camisa 10 paranista, responsável direto pelas duas vitórias sobre Unión Maracaibo e Real Potosí, estariam em ação ontem. Sem o baixinho, vetado por causa de uma lesão no tornozelo direito, o Tricolor se tornaria um time extremamente previsível e fácil de ser anulado.

Pelo menos o sistema de marcação, considerado pelo técnico Zetti o grande trunfo paranista, começou o jogo bem postado. Mesmo com apenas um volante e três meias de criação, o Fla só ameaçava quando algum jogador tricolor errava.

Foi assim no momento em que Gérson perdeu a bola no meio, Roni cruzou rasteiro da esquerda, João Vítor se atrapalhou no corte e a bola sobrou para Souza chegar chutando tudo o que via pela frente: bola, que foi na trave, e o braço do zagueiro, que não escapou de uma fratura.

O lance, de dar arrepios em quem viu o braço de João Vítor, foi capital. Em seguida Zetti mudaria o esquema, colocando o meia Joélson no lugar dele, e o time passaria a ter sérias dificuldades na marcação.

Logo no primeiro lance com dois zagueiros, aos 23 minutos, Léo Moura cruzou da direita e Renato cabeceou para fazer o que seria o gol da vitória carioca. E o Flamengo só não aumentou ainda no primeiro tempo graças a duas ótimas defesas de Flávio em chutes de Souza e Juninho Paulista.

Depois do intervalo os cariocas preferiram se defender e deram campo ao raçudo, porém pouco inspirado Paraná. O time da casa viveu seu melhor momento em campo quando Zetti encontrou um substituto à altura para Dinélson: o ex-flamenguista Vinícius Pacheco, que substituiu o volante Xaves aos 14 minutos.

Saíram dos pés dele os principais lances a partir de então. Num deles deixou Henrique na frente do goleiro Bruno, mas o atacante se atrapalhou no domínio e teve o chute travado. No outro o presente foi para Josiel, que carregou e bateu à esquerda da trave.

Com o Tricolor perdendo as últimas forças, sobrou tempo apenas para a expulsão de Neguette, por entrada dura no "amigo" Leonardo, e o olé cantado em coro pela torcida do ex-freguês nos últimos minutos.

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Em CuritibaParaná 0 x 1 Flamengo

ParanáFlávio; Daniel Marques, Neguette e João Vítor (Joélson); André Luiz, Xaves (Vinícius Pacheco), Beto, Gerson e Egídio; Henrique (Lima) e Josiel. Técnico: Zetti.

FlamengoBruno; Léo Moura, Ronaldo Angelin, Irineu e Juan; Paulinho, Renato, Renato Augusto e Juninho Paulista (Salino); Roni (Léo Medeiros) e Souza (Leonardo). Técnico: Ney Franco.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS). Gol: Renato aos 23’ do 1.º tempo. Amarelos: Beto (P); Souza, Juninho (F). Vermelho: Neguette (P).Público: 15.614. Renda: R$ 344.000,00.