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Em quatro meses no Corinthians, Jucilei superou as expectativas. Contratado como uma aposta para o futuro, o volante mostrou qualidade, ganhou a confiança do técnico Mano Menezes para substituir o titular Alessandro na lateral direita e caiu nas graças da torcida. Mas não é somente dentro de campo que a vida do jogador mudou. Agora em um grande clube, ele pôde dar à família o que sempre sonhou: uma casa própria.

Criado pelos avós após a morte da mãe, quando tinha apenas 13 anos, Jucilei, como boa parte dos jogadores de futebol, sofreu com uma infância pobre. Para aumentar a renda dos parentes, chegou a trabalhar como pedreiro, em sua cidade natal, São Gonçalo, no Rio de Janeiro. No entanto, com a reviravolta na vida desde que chegou ao Parque São Jorge, agora só tem motivos para estampar o largo sorriso.

"Perdi minha mãe muito novo. Tanto é que chamo meus avós de mãe e pai. Felizmente, pude ajudar minha família. Antes de jogar aqui, não tinha como ajudar, mas agora comprei uma casa para eles", contou o marcador, de apenas 21 anos.

Jucilei tentou ainda trazer os avós para morar em São Paulo, mas não conseguiu convencê-los a deixar o Rio. O problema é que os familiares não estão habituados ao futebol e sofrem quando assistem pela televisão algum lance mais brusco do garoto.

Com um bom salário e ganhando destaque no Corinthians, Jucilei revela até que vem sendo reconhecido nas ruas de São Paulo. Entretanto, ainda não conseguiu comprar o próprio apartamento.

"Eu ainda moro de aluguel no Tatuaté (bairro da Zona Leste de São Paulo). Minha vida está excelente. Às vezes, as pessoas falam comigo no shopping ou no supermercado", disse.

Quase por acaso no Timão

Jucilei chegou ao Corinthians de uma forma bastante curiosa. Sidnei Lobo, auxiliar técnico de Mano Menezes, foi a Curitiba para observar o meia Pedro Ken, do Coritiba. No entanto, acabou convencido por um funcionário do -J. Malucelli (atual Corinthians Paranaense) a ver o volante em uma partida anterior. O assistente aprovou e levou a São Paulo um DVD para que o treinador pudesse avaliá-lo.

"O Sidnei me viu e gostou do meu futebol. Depois, ele falou com o Mano, que também viu meu DVD e pediu para que me contratassem. Fui premiado", completou.

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