• Carregando...
Vista geral da Arena Joinville, em Santa Catarina, onde o Coritiba irá realizar seus dez primeiros jogos na Segundona: apesar de inacabado, estádio oferece excelentes condições para o Alviverde | Valterci Santos/Gazeta do Povo
Vista geral da Arena Joinville, em Santa Catarina, onde o Coritiba irá realizar seus dez primeiros jogos na Segundona: apesar de inacabado, estádio oferece excelentes condições para o Alviverde| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Rua Inácio Bastos, 1.084, Bu­­carein, Joinville/SC. Anote aí, torcedor: esse é o novo endereço do Coritiba, pelo menos até a segunda rodada do returno da Série B, quando a equipe volta ao Couto Pereira para encarar a Portuguesa. Até lá, a BR-101 será o caminho para a nova casa: a Arena Joinville. Fundado em 2004, o estádio pertence à prefeitura de Joinville e, embora ainda esteja em obras, apresenta ótimas condições para que o Coxa mande seus jogos.

Um contrato entre o clube e a Fundação de Esporte e Lazer de Joinville (Felej), ainda carente do aval da Polícia Militar local, confirmou a realização dos dez jogos do "exílio" coxa durante a punição imposta pelo STJD. Por um custo de aluguel que pode ser considerado barato, o Coxa receberá um es­­tádio seminovo, confortável e que lembra, no design, a casa do rival Atlético. O que pode ser um benefício: a Arena será um verdadeiro alçapão a favor do Alviverde.

O acerto foi fácil. "Para nós, gestores, é excelente. O equipamento, que é público, precisa de um calendário de eventos", conta o coordenador de captação de con­­vênios da Felej, João Carlos Andrade. O Coritiba pagará uma taxa de R$ 10 mil por partida ou um percentual de 10% a 15% da renda, o que for maior. Irá também realizar um torneio, com jogos nas preliminares, entre ti­­mes infantis de bairros da cidade catarinense. E montará uma academia em uma praça pública, destinada à terceira idade (em um projeto similar ao que a prefeitura de Curitiba tem) chamada "Aca­­demia Vô Coxa".

Em troca, terá à disposição quase 23 mil lugares, entre camarotes, cadeiras e locais de arquibancada para comercializar, um vestiário com 16 chuveiros e uma vasta área em grama sintética, pa­­ra aquecimento – o Coritiba es­­colheu usar o de visitantes. O torcedor coxa-branca terá 14 lanchonetes no estádio, todas geridas pe­­lo mesmo grupo que mantém as lojas no Couto e na Arena do Atlé­­tico. E um voto de confiança da organização local, que diz não temer episódios de depredação e violência. "Em hipótese alguma. Se você for andar pela torcida do Co­­ritiba, vai ver famílias, por exem­­plo. Haverá a preocupação normal que tem em todo jogo de futebol", minimiza An­­­drade.

Mas nem tudo é positivo. Ina­­cabado, o estádio tem problemas no acesso da torcida visitante, que passa por um local em obras. Na decisão do Catarinense, entre JEC e Avaí, houve problemas com torcida, que resultaram em prisões. Aliás, essa será outra novidade em relação ao Paraná: em Joinville, todos os jogos contarão com um tri­­bunal especial, chamado "Jus­­tiça Presente", com delegado e juiz que sentenciará eventuais baderneiros ainda no estádio.

O gramado é outro problema. Há uma falha no sistema de drenagem e Joinville tem um dos maiores índices pluviométricos do Bra­­sil. A Felej deixou os cuidados sob a responsablidade do Coxa, que di­­vidirá o uso com o JEC.

Calendário

Os dois clubes estarão em plena atividade: o time da cidade disputará a Copa Santa Catarina e poderá ter jogos em datas próximas às do Coritiba – em 23 e 30 de maio, sendo que o Coxa jogará nos dias 25/05 e 1.º de julho – e, caso chegue à decisão, será no mesmo dia em que o Alviverde receberá o Sport. "Te­­mos de nos readaptar. Tentar treinar o mínimo possível na Arena", projeta o presidente do clube catari­­nense, Marcio Vogel­­sanger. "Acho que é uma emergência. O Coritiba precisa e podemos ajudar".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]