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O tempo foi o melhor amigo de Fabiana Murer em 2009. Depois da frustração pelo sumiço de sua vara e a eliminação na final dos Jogos de Pequim-2008, a confiança da brasileira, literalmente, deu um salto e a levou a conquistas que renderam o título de melhor atleta sul-americana da última temporada. De bem com a vida, a atual campeã pan-americana quer esquecer as lágrimas do passado e sorrir mais com o futuro que está planejando. E o resultado dessa nova fase já poderá ser visto em março, no Mundial Indoor de Doha, no Qatar.

"Ano passado, comecei um pouco insegura, mas consegui ir bem logo na primeira competição e isso aumentou minha confiança. A experiência em Pequim me deu uma grande lição, agora sei que coisas bizarras podem acontecer. Estou mais preparada e tranquila, sem sentir muita pressão. Quero me divertir mais neste ano", garantiu a saltadora do clube BM&F.

Daqui a 11 dias, Fabiana desembarca em Stuttgart, na Alemanha, para iniciar seu calendário de competições indoor. A primeira disputa será a Copa Sparkassen, em 6 de fevereiro, seguida pela Copa Pedro, em Bydgoszcz (Polônia), quatro dias depois. Após um breve descanso, a saltadora segue para a Inglaterra, onde competirá no Grand Prix de Birmingham (20/2). E termina a pré-temporada no Meeting de Donetsk, local que guarda boas lembranças para a atleta. Foi na cidade ucraniana que ela conquistou seu recorde sul-americano indoor, em 2009.

Toda essa preparação tem um objetivo. Fabiana, que não teve férias no ano passado, treina desde o final de outubro para o Mundial Indoor de Doha, que começará no Qatar em 12 de março. Com a ausência da campeã olímpica do salto em distância, Maurren Maggi, ainda se recuperando de uma cirurgia no joelho, a saltadora será a maior esperança de medalha do Brasil. Mas quem pensa que ela encara a responsabilidade como um fardo está bastante enganado.

"Estou supertranquila. Disputo essas competições com as mesmas meninas há vários anos. Já conheço o ambiente. Não sinto pressão nenhuma se alguém disser que sou a maior aposta do país. Treino muito para dar o meu melhor em tudo que faço", explicou.

Saltar 5m é uma meta para 2011

Com a confiança em alta, Fabiana vai além. Apesar da consciência de que será muito difícil vencer a campeã olímpica e recordista mundial (5,06m), Yelena Isinbayeva, a brasileira quer conquistar seu lugar no pódio em Doha e ainda superar sua marca sul-americana.

"A Isinbayeva é sempre uma concorrente muito forte ao ouro. Mas tudo pode acontecer, ela pode errar todos os saltos de novo, como fez no Mundial de Berlim (2009). Eu fui constante nas últimas competições e sei que estou bem preparada. Há dois anos, saltei 4,70m nesse mesmo torneio e fiquei com o bronze. Então, para conquistar a prata, acho que preciso de 4,80m. Mas a meta é bater o meu recorde sul-americano (4,81m)", apostou.

Depois de Doha, competição de maior importância do calendário de 2010, Fabiana continuará disputando torneios de menor expressão no Brasil e no exterior. No entanto, será nos treinos diários em São Paulo que a atleta trabalhará para conquistar seu maior objetivo para a temporada seguinte.

"Meu sonho é saltar 5m. Até hoje, a única que conseguiu ultrapassar essa marca foi a Isinbayeva. É possível que eu faça esse ano, mas espero mais para 2011".

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