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Fabrício teve uma noite longa, cheia de fantasmas para o atormentar. Horas antes de deitar na cama do Hotel Paulista Wall Street, o meia viveu um pesadelo no Morumbi. Ao cobrar o pênalti que poderia igualar o marcador da final da Libertadores, contra o São Paulo, ele acertou a trave. Erro inédito na carreira.

Assim, aquele último minuto do primeiro tempo, com o placar marcando 1 a 0 para os anfitriões, acabou revivido várias vezes pela mente incrédula do jogador. Para qualquer um, falhar nestas circunstâncias seria arrasador. No caso de Fabrício, beira à tragédia. Perseguido pela torcida desde a sua chegada, em 2002, o meia teme que a lua-de-mel com os atleticanos dê lugar a um novo pesadelo.

Gazeta do Povo – O que aconteceu naquele pênalti?

Fabrício – Cobrei do jeito que sempre faço, mas infelizmente a bola desviou um pouco e acertou a trave. Tenho oito anos de profissional e foi a primeira vez que errei. Justamente em um momento difícil da partida. Pode ser que o resultado fosse diferente se eu fizesse o gol, mas pode ser que não.

– E o que te passou na cabeça quando você viu que a bola não entrou?

– Travou tudo. Parece que o mundo desabou na minha cabeça.

– Como você está encarando essa situação?

– Em princípio, é complicado. Não sei como a torcida vai reagir. Só não podem esquecer que fui um jogador importante para o Atlético chegar ate ali. E a responsabilidade da derrota não é só minha. Seria cruel da parte deles me responsabilizar por causa do pênalti. Fico chateado, triste. Confesso que esta foi a noite mais longa da minha vida. Mas tenho certeza de que tenho tudo para dar a volta por cima. Não dá para fazer mais nada. Só esquecer.

– E como foi o tratamento dentro do time?

– O grupo foi muito carinhoso comigo. Nessa hora é que se vê que está unido mesmo. Eles foram bastante solidários. Sabem que fui importante em outras partidas. Muitos chegaram e me falaram: "você fez a sua parte; você deu o que podia; acontece com os melhores". Eles sabem que podia acontecer com qualquer um.

– Como está a cabeça do time para enfrentar o Atlético-MG?

– Para mim, é importante. Não vejo a hora de chegar esse jogo. Acho que a melhor coisa que vai acontecer é atuar nessa partida. Até para provar que eu estou bem. Quero dar o meu melhor nessa partida. Espero poder ajudar a equipe como eu tenho feito.

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