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Da mesma forma que foi anunciado, o julgamento do po­­lêmico supermando foi cancelado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. A falta de organização e as decisões to­­madas no atropelo trouxeram prejuízos para alguns clubes que sequer foram avisados do cancelamento e, além de di­­nheiro com deslocamentos do interior para a capital, perderam tempo indo ao tribunal.

O presidente do TJD, Ivan Bonilha, explicou que não houve quórum. "Obedeci os pra­­zos para a convocação, mas infelizmente apenas quatro auditores, incluindo eu, estariam presentes. Precisaria de, no mínimo, cinco. Não tinha o que fazer a não ser adiar", ex­­plicou. A sessão desta quinta analisaria um pedido de nulidade do artigo 9.º do Campeo­­nato Paranaense, que dá ao melhor time da primeira fase o benefício de fazer todas as partidas da fase final como mandante.

O prazo apertado entre a convocação e o julgamento acabou inviabilizando a presença de todos os auditores. "Convoquei para esta quinta, pois era eu quem queria julgar esse processo. Viajo amanhã, portanto haverá mais tempo para que todos os clubes analisem o caso e se manifestem formalmente. Vou intimá-los a apresentar um posicionamento por escrito e devo marcar novo julgamento para daqui a duas semanas. Por enquanto, fica valendo a liminar que anula o artigo", concluiu.

O próprio advogado que protocolou a ação que seria julgada, Luiz Carlos de Castro, não compareceu. E não sabia do cancelamento. "Tive que me ausentar, mas havia um representante nosso para o julgamento. Estou sabendo do cancelamento agora", disse.

Já o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Hélio Cury, preferiu não comentar o adiamento, se limitando a reafirmar o que havia sido dito pelo seu vice, Amilton Stival. "Agora é com os clubes. Acata­­mos o que for decidido".

A confusão irritou os representantes dos clubes, como o advogado Itamar Cortês, do Coritiba. "Não é a primeira vez que isso ocorre. Em outras oportunidades, no dia das sessões acabam cancelando, às vezes avisando pelo telefone ou pela internet, mas nem sempre as pessoas ficam sabendo. Já presenciei representantes das equipes do interior perderem a viagem por não ter sessão. É um prejuízo muito grande", reclamou.

O Atlético se manifestou por intermédio de seu advogado, Domingos Moro. "Não entendi o julgamento, não entendi a ação, a inclusão na pauta, a li­­minar. Recebemos apenas um comunicado lacônico de que tinha sido cancelada a sessão, sem nenhuma justificativa".

Odenir Borges, presidente do Iguaçu, também ficou chateado com o cancelamento de última hora. "Como ninguém avisou, acabamos perdendo a viagem", disse.

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