Corte drástico na receita, dívida voltando a crescer, incerteza quanto ao futuro... Caso não reaja nas duas últimas rodadas do Brasileiro, é esse o cenário que espera o Coritiba na Série B em 2006.
O principal problema seria a redução em R$ 5 milhões (quase 50%) na cota paga pela televisão correspondente ao direito de transmissão dos jogos e o abatimento vai se tornando gradativamente maior, caso o time não consiga retornar à Série A. Isso sem falar na escassez de patrocínios e parcerias decorrente da queda.
"Se o clube cair, teremos um desastre financeiro. Não sei nem como fazer depois para administrar", disse o presidente Giovani Gionédis, acrescentando que até o planejamento de acabar com a dívida do clube que já baixou de R$ 50 para R$ 25 milhões poderia ir por água abaixo. "Temos alguns débitos reescalonados que não poderiam ser cumpridos."
Diante desse quadro, o presidente diz se sentir na obrigação de ir para o terceiro mandato de dois anos. A eleição do novo Conselho Executivo está marcada para o 5 de dezembro, um dia após a última rodada do Brasileiro. "Se ficar na Primeira Divisão, posso até considerar a missão cumprida. Mas, do contrário, não. Teremos muito trabalho pela frente", afirmou.
No caso de rebaixamento, a realização de um dos grandes sonhos, a complementação do terceiro anel do Couto Pereira, provavelmente seria deixada em segundo plano. A idéia é realizar a obra através de uma parceria, mas ela pode acabar não saindo com o clube fora da Série A.
Sem saber qual será o calendário do Coritiba no ano que vem, a diretoria está de mãos atadas. Não pode começar a definir o elenco de jogadores e até as conversas para definir o fornecedor de material esportivo estão estagnadas.
Apesar da situação delicada na tabela, Gionédis ainda confia na salvação do time e na continuidade dos projetos em 2006. "Ficar na Primeira Divisão é uma sobrevida para o clube. Os jogadores sabem da situação e estão se esforçando para manter o Coritiba na elite. Já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance", completou.
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