Federação Paranaense pretende pagar as dívidas

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Não é apenas o Atlético para quem a Federação Paranaense terá de pagar se quiser construir no terreno do Pinheirão. Além do clube, há mais três credores com quem a entidade deve acertar as contas: a prefeitura, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a sociedade de advogados formada por Mafuz Antonio Abraão, Gílson Amaro Fernandes e Marcelo Vardânega Ribeiro, defensores do Atlético na questão.

O terreno onde está o Pinheirão é dividido em duas matrículas. Somadas as pendengas da FPF com as partes citadas, no registro do imóvel existe 16 penhoras, 2 arrolamentos e 4 hipotecas judiciárias.

Com a prefeitura, a dívida estaria em torno do R$ 5,2 milhões. Com o Atlético, R$ 7,7 milhões (sem contar os juros). A dívida do INSS, de acordo com a própria FPF, estaria em torno de R$ 6 milhões. O grupo de advogados teria a receber, pelo registro do imóvel, cerca de R$ 1,9 milhão (sem contar os juros). Ou seja: no total, para colocar o primeiro tijolo do novo Pinheirão, a FPF deverá antes saldar aproximadamente cerca de R$ 20 milhões.

A idéia, no entanto, é repassar esse valor ao investidor na hora de assinar o contrato. "Essa será uma das cláusulas que colocaremos no documento. Todas que têm interesse no negócio sabem dessas pendências", afirma o advogado da FPF, Vinícius Gasparin.

De acordo com ele, não está correta a interpretação de que o investidor que aceitar a empreitada estaria pagando as dívidas da entidade. "Simplificando as coisas, ele estaria, entre aspas, pagando por um arrendamento do terreno. Dessa forma, todos sairão ganhando. A FPF pois sanará as suas dívidas, os credores pois receberão o dinheiro e o investidor pois ficará com a cessão de uma área nobre cujo preço é o que se quiser pedir por ela", conclui Gasparin. (MR e RF)