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O lançador de martelo bielorrusso Ivan Tykhon, tricampeão mundial da modalidade, foi proibido nesta sexta-feira (3) de competir nos Jogos de Londres depois que a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) informou que ele se dopou na Olimpíada de Atenas, em 2004, onde conquistou a medalha de prata.

"A IAAF se viu obrigada a retirar da competição o destacado atleta bielorrusso Ivan Tykhon", afirmou hoje o vice-primeiro-ministro de Belarus, Anatoli Tozik, segundo a agência estatal de notícias "Belta". A decisão foi tomada pela federação e se baseia na "repetição das análises das amostras que foram extraídas de Tykhon há oito anos nos Jogos de Atenas", disse o vice-premiê.

Segundo a IAAF, qualquer análise pode ser revisada após vários anos com novas tecnologias a fim de localizar substâncias proibidas. Tozik explicou que os exames realizados às vésperas dos Jogos de Londres mostraram que o lançador bielorrusso está limpo, além de "estar em boa forma, e estava preparado para lutar por uma medalha".

O Comitê Olímpico Bielorrusso reagiu com indignação quanto à atitude da IAAF, já que a decisão foi tomada no final de julho, o que não deu tempo a Tykhon para se defender com a documentação correspondente.

"Isso ocorreu há oito anos. Naquela época não eram analisadas essas substâncias. Nesta situação pode se encontrar qualquer atleta. Toda pessoa tem direitos", afirmou Sergei Teterin, vice-presidente do comitê.

Tykhon e seu compatriota Vadim Devyatovsky, respectivamente medalhistas de bronze e prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, recuperaram há dois anos as medalhas que lhes tinham sido tiradas por doping no final de 2009. O COI cassou as medalhas dos dois atletas bielorrussos depois que eles fossem acusados, em 2008, de consumo de testosterona, o que sempre negaram.

Os bielorrussos recorreram à Corte Arbitral do Esporte, que lhes deu a razão e ordenou que as medalhas fossem devolvidas e que eles recebessem uma indenização de US$ 50 mil. Segundo a imprensa bielorrussa, ambos tiveram que gastar cerca de US$ 500 mil com advogados e exames médicos para provar sua inocência.

Tykhon, de 36 anos, foi na década passada um dos melhores lançadores da especialidade, sagrando-se campeão mundial em Paris (2003), Helsinque (2005) e Osaka (2007).

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