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Recife (AE) – A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) instaurou sindicância para apurar erros e falhas que podem ter motivado o tumulto que resultou em cerca de 15 pessoas feridas, domingo, antes do início do jogo Estudantes x Sport, no Estádio Ademir da Cunha, no município de Paulista, região metropolitana do Recife. "Isto nunca ocorreu em Pernambuco e vamos verificar o que houve para que não venha a se repetir", afirmou ontem o presidente interino da federação, Evandro Carvalho, que garantiu assistência e acompanhamento médico para as vítimas do incidente.

Os adolescentes Humberto Pereira Gusmão e Diogo de Melo apresentam quadro mais grave. Eles sofreram traumatismo craniano e estão internados na unidade de trauma do Hospital da Restauração, no Recife.

O tumulto teve início por volta das 14 horas, com a demora na troca de alimentos não perecíveis por ingressos, em uma campanha de solidariedade. Os ingressos só chegaram meia hora depois. Na confusão, em que torcedores foram pisoteados, parte de um muro que separa o estádio de um terreno para estacionamento caiu, ferindo mais gravemente os que o tentavam pular – a fim de chegar ao estádio – e a quem estava próximo.

Mais de 10 mil torcedores compareceram ao jogo. Na semana passada, o Batalhão de Choque da PM vistoriou o campo e o considerou inadequado para tal público e indicou, como uma das principais falhas e falta de estrutura no acesso. Quando ocorreu o tumulto, não havia ambulância nem carro do corpo de bombeiros no local. O presidente interino da FPF disse que o estádio é relativamente moderno, com menos de 20 anos, e com capacidade para 12 mil pessoas. A Polícia Militar usou spray de pimenta para conter a multidão. No intervalo do primeiro tempo, dentro do campo, nova confusão. Um desconhecido jogou uma bomba caseira provocando correria. Mais de 20 pessoas foram detidas e depois liberadas.

Marleison José Gonçalves de Lima, que sofreu pancadas e ferimentos por ter sido pisoteado fora do campo, recebeu alta hoje à tarde do Hospital da Restauração. Sua mãe, Marleide Lima, disse que vai exigir, da FPF, acompanhamento médico para o filho e remédios.

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