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Após a confusão no jogo entre Paraná e Vitória, o lateral Fernandinho e os dirigentes Alex Brasil e Fernando Leite, todos do Paraná, foram suspensos em julgamento realizado nesta quarta-feira (15) pelo Superior Tribunal de Justiça Desportista (STJD).

O atleta terá de pagar uma multa de R$ 100 e ficará de fora de quatro jogos. O dirigente Alex Brasil foi suspenso por 15 dias por ofensa à honra e em 30 dias por ameaças e também terá de pagar uma multa de R$ 100. O supervisor Fernando Leite foi suspenso pelo mesmo período, porém pagará R$ 200 de multa.

O juiz Felipe Duarte Varejão foi suspenso por 30 dias por deturpar os fatos ocorridos, assim como o auxiliar José Maciel Linhares – suspenso por atitude contrária à disciplina e ética esportiva.

No julgamento, comandado pelo presidente Frabrício Dazzi e pelo auditor relator Ricardo Graiche, foi apresentado um vídeo com lances da partida e Alex Brasil foi chamado para prestar depoimento. O dirigente alegou que entrou em campo para defender Fernandinho (que teria sido xingado pelo árbitro) e para retirar os atletas de campo.

O dirigente alegou, ainda, que não fez nenhuma ameaça contra a vida de Varejão. "Se eu tivesse feito alguma ameaça, o policiamento presente poderia ter dado voz de prisão" declarou Brasil no julgamento.

Após as considerações da procuradoria, o advogado do Paraná, Itamar Côrtes, começou a sua defesa. Para ele, a atuação do árbitro prejudicou o Tricolor. Além disso, Varejão teria agredido Fernandinho com uma bandeirada no rosto – fato que teria sido omitido na súmula – e, por isso, a defesa do Paraná pede a absolvição do atleta no caso.

Em seguida, o advogado Giuliano Bozzano começou a defesa dos árbitros. O advogado destacou que a informação de agressão do árbitro ao atleta não saiu nem no site do clube nem em nenhum veículo; além disso, Bozzano destacou que os árbitros assumiram que usaram palavrões, mas como resposta a ofensas recebidas.

"Os árbitros cometeram deslizes, sim, ao proferir palavras, mas ficou claro que eles proferiram palavras inadequadas a um suposto ‘torcedor’. Diante disso, não se justifica, mas se explica o que ocorreu – por isso, não vejo infração ao artigo 266 (deixar de relatar ocorrências disciplinares da partida).

O advogado destacou, ainda, que após a expulsão de Fernandinho houve a invasão do gramado pelos diretores paranaenses.

Entenda o caso

Após a vitória de 4 a 3 do Vitória sobre o Paraná, pela 10ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, o time paranaense reclamou de um pênalti em cima do meia Lúcio Flávio, que recebeu um cartão amarelo por simulação. Outra reclamação do Paraná foi o término da partida em meio a um ataque Tricolor.

Varejão anotou na súmula da partida que recebeu ofensas de atletas e membros da diretoria do Paraná. Segundo o documento disponibilizado pela CBF, o juiz anotou que o lateral teria partido para cima "de forma alterada e descontrolada", xingando o trio de arbitragem e que Brasil teria feito ameaças. "Vocês são ladrões. Vamos matar vocês lá em Curitiba", teria relatado Varejão.

Por outro lado, os advogados do Paraná indiciaram o árbitro e o bandeira em três artigos: assumir conduta contrária à disciplina ou ética desportiva; omitir-se no dever de prevenir ou coibir a violência e deturpar os fatos ocorridos.

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