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Mercedes

Schumacher cogita estender carreira após fim de contrato

Agência Estado

Sete vezes campeão da Fórmula 1, Michael Schumacher parece longe de estar totalmente satisfeito com o que já conquistou na categoria. O piloto, que assinou contrato com a Mercedes para correr nos próximos três anos pela escuderia, afirmou que não descarta a possibilidade de seguir na F-1 em 2013, após o fim do compromisso.

O corredor, que terá 44 anos ao fim do seu contrato com a Mer­­cedes, fez a revelação em entrevista ao jornal alemão Bild. "Não tem de ser o fim depois de três anos", afirmou Schumacher, ressaltando que o tempo de compromisso firmado com ele foi uma ideia da Mercedes e um "sinal de confiança" em seu trabalho.

O veterano alemão afirmou que tinha certeza de que seria competitivo, embora admita que é "um pouco otimista" a possibilidade de ganhar um título no seu primeiro ano após o retorno à categoria. "Mas o [título] tem de ser o alvo e a nossa motivação", disse. Schumacher ainda falou sobre o fato de correr pela Mercedes depois de tantos anos defendendo as cores da Ferrari, pela qual ga­­nhou cinco títulos mundiais. "Eu tenho de prestar atenção para não entrar no box vermelho quando eu for trocar os pneus", brincou.

Em 2008, a Ferrari foi campeã en­­tre os construtores, com 172 pontos, diante de 14 da Honda, a nona colocada, equipe que deu origem à Brawn GP. E seu piloto Felipe Massa não foi campeão por somar um ponto a menos que Lewis Hamilton, da McLaren. No ano passado, a Ferrari foi apenas a quarta classificada no Mundial de Construtores, com 71 pontos, contra 172 da Brawn GP – ou seja, conquistou impressionantes 101 pontos a menos.

É contra essa situação nada condizente com a sua história de extraordinário sucesso na Fórmula 1 que a Ferrari lança hoje, em Maranello, o modelo que será pilotado por Felipe Mas­­sa e Fernando Alonso. "O carro da volta por cima", como definiu seu diretor geral, Stefano Do­­menicali, em Madonna di Campiglio, na Itália, há duas se­­manas.

"O fim do reabastecimento de combustível implicará rever muita coisa no projeto. Acredito no nosso grupo de trabalho. Sem ter de acomodar o Kers (sistema de recuperação de energia) no carro, acho que será mais difícil produzir um Fórmula 1 com tantos problemas de equilíbrio, como o nosso do ano passado", comentou Massa no mesmo evento da sua equipe na estação de esqui. Domenicali concorda: "Colocar 50 quilos de equipamento no carro, como foi o caso do Kers, comprometeu o projeto. Agora os times concordaram em não mais usá-lo".

Como sempre, a Ferrari deixará para o dia da apresentação do seu novo modelo o anúncio do nome. O do último campeonato era F60, em homenagem aos 60 anos da escuderia na Fórmula 1. Se voltar a sistemática antiga, agora, o monoposto de Massa e Alonso deverá ser o F2010.

A coordenação do projeto continua sob a responsabilidade do grego Nikolas Tombazis e do italiano Aldo Costa. Eles têm de acertar desta vez. Outro equívoco, como em 2009, implicará nova mudança estrutural no departamento de projeto da Ferrari que já sente falta da dupla Rory Byrne e Ross Brawn dos tempos de Michael Schumacher e tantas vitórias. Byrne tornou-se um distante consultor.

Hoje, provavelmente, Massa deverá realizar o chamado "shakedown" do modelo 2010 na pista de Fiorano, do outro lado da rua onde se encontra a sede de Maranello. O primeiro teste será na próxima segunda em Valência, com o próprio Massa. Parte do dinheiro arrecadado para assistir ao ensaio será destinada às vítimas do terremoto no Haiti.

Assim como todos na McLaren vão estar atentos na internet às soluções técnicas incorporadas pela Ferrari no carro de 2010, na sexta será a vez de os italianos seguirem de perto a apresentação do MP4/25 da McLaren, de Lewis Hamilton e Jenson Button, agora sem a sociedade com a Mercedes.

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