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O bancário José Alberto Pinton, de 52 anos, vai colocar a terceira São Silvestre no currículo | Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
O bancário José Alberto Pinton, de 52 anos, vai colocar a terceira São Silvestre no currículo| Foto: Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo

Vale lembrar

Nacional

Até sua 20ª edição, a prova só permitia a inscrição de brasileiros. Em 1945, tornou-se internacional pela presença de chilenos e uruguaios. O primeiro estrangeiro a vencer foi o italiano Heitor Blasi, dois anos depois.

Mama África

Os quenianos dominam o pódio desde que o percurso passou a ter a atual distância (15 km), em 1991. Foram 12 vitórias quenianas deste então, com Simon Chemwoyo (1993 e 1994), Paul Tergat (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000), Robert Cheruyiot (2002, 2004 e 2007) e James Kwambai – que venceu nos dois últimos anos. O Brasil ganhou cinco vezes nesse período.

Paranaense

No percurso de 15 km, o Paraná já ocupou o primeiro lugar. Em 1997, o atleta de Santo Antônio do Sudoeste, Emerson Iser Ben, venceu a prova, impedindo o tricampeonato consecutivo de Paul Tergat.

2009

No ano passado, o melhor brasileiro foi Clodoaldo Gomes da Silva, oitavo colocado. No feminino, venceu a queniana Pasalia Chepkorir. Marily dos Santos foi a melhor representante nacional, com o bronze.

Não esqueça

- De amarrar bem seus tênis. Pisões no calcanhar são fre­­quentes nos primeiros qui­­lô­­metros. Um desses incidentes pode tirar o calçado do seu pé e aí não há como recuperá-lo.

- De manter a paciência e o bom humor. Tentar desviar os com­­panheiros de prova no primeiro terço do percurso só vai resul­­tar em um ziguezague des­­gastante.

- De seguir atento com a hidratação. A largada da São Silvestre é em um horário em que o clima está abafado, mesmo em dias de tem­­peraturas consideradas menos elevadas para uma tarde de verão.

Desempenho na corrida de São Silvestre, em São Paulo, é exclusividade do pelotão de elite. Para quem larga mais atrás, o espírito é de festa no último dia do ano. Enquanto a elite feminina larga, às 16h30 de hoje em frente do Masp, é hora de os 21 mil corredores fazerem os últimos ajustes – cadarço bem amarrado, nú­­mero bem fixado na camiseta – e procurar o melhor lugar pa­­ra começar as passadas.

Depois que a elite masculina começar a prova, às 16h47, o exercício do bom hu­­mor e da paciência começa: um atleta amador pode levar até 50 minutos para passar pela faixa que marca o início da mais tradicional corrida brasileira, que chega à sua 86.ª edição.

Por decisão da organização da prova, os atletas poderão correr com a medalha no peito, já que receberão o mimo antes da largada – tudo para evitar confusão na chegada, visto que se estima um fluxo de 400 pessoas a cada minuto no fim do trajeto.

No primeiro terço do percurso, o maior desafio não é acertar o pace ou correr no me­­nor tempo. E sim desviar – com paciência – dos colegas corredores. Há os grupos que levam faixas, formando verdadeiros paredões humanos; há ainda quem traje fantasias que ocupam o espaço de três atletas.

Encarar o início da prova como uma festa é a melhor estratégia. Quem optar por tentar desviar da multidão pode cair num ziguezague pouco produtivo e desgastante. Mas a partir do quin­­to quilômetro já é possível pensar em se concentrar no cronômetro, no ritmo das passadas e, de fato, correr.

Na São Silvestre tem de tu­­do: atleta profissional, amador, de fim de semana, que quer pagar promessa, que quer comemorar. Mas a nenhum deles o preparo físico é dispensável. "Tudo o que se exige para uma corrida de 15 km tem de ser respeitado: avaliação médica, treinos bem feitos, cuidado com a alimentação...". A dica é de especialista: o maratonista Vanderlei Cor­­deiro de Lima, bronze na Olim­­píada de Ate­­nas e que fez sua despedida como corredor profissional na São Silvestre de 2008.

Neste ano, a esperança brasileira de bater os quenianos é o mineiro Frank Caldeira, campeão de 2006. En­­quan­­to os vencedores já terão subido ao pó­­dio, muitos ainda estarão em busca de seus resultados individuais. E incentivados pe­­lo público, que acompanha os atletas du­­rante todo o percurso. "Isso é o que di­­ferencia a São Sil­­ves­­tre de outras provas. É uma prova que é uma festa, não só para quem corre, mas para as pessoas da cidade, que valorizam o evento", diz o bancário José Al­­berto Pinton, de 52 anos.

Ele participará de sua terceira São Silvestre e diz não se im­­portar em passar parte da prova em um trote que não ultrapassa os 7,8 km/h na parte inicial da prova – enquanto a elite corre, em média, a 17 km/h. "A São Silvestre sempre me lembra infância. Acom­­pa­­nhava a prova quando era à noite, quando os atletas viravam o ano correndo. Há cinco anos, comecei a correr em Curi­­­­­­tiba e foi muito emocionante disputá-la pela primeira vez, em 2007", finaliza o bancário.

Os principais favoritos ao título são os quenianos Barnabas Ki­­pla­­gat Kosgei, Mark Korir e Mathew Cheboi. Os três treinam em Santa Barbara D’Oeste. Kosgei venceu a Volta da Pampulha no último fim de semana.Ao vivo

Corrida de São Silvestre, às 16h30, na RPC TV

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