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Quatro gols e muitos litros de chope depois, as chances da Alemanha na Copa do Mundo sofreram uma mudança radical. De seleção desacreditada (principalmente em decorrência da goleada por 4 a 1 imposta pela Itália na fase de preparação), os anfitriões voltaram a figurar entre os favoritos para levantar a taça. Este é o sentimento de parte da numerosa torcida germânica em Curitiba, que esteve presente ontem à tarde no tradicional Bar do Alemão, no Largo da Ordem, Centro da cidade, para acompanhar a estréia do time de seus antepassados.

A vitória por 4 a 2 sobre a Costa Rica – uma goleada para os padrões do futebol pragmático da Alemanha – encheu de esperança os filhos da colônia. "A Alemanha mostrou que tem força. O primeiro jogo era mesmo o mais complicado. Agora, nós vamos embalar e esperamos chegar à final contra o Brasil", disse Jairo Tonato.

O comerciante de 46 anos era o mais animado entre os muito animados clientes do principal reduto germânico da capital. Correndo o tempo todo pelo bar, com um canecão de 3 litros de chope nas mãos, Tonato não cansava de entoar: prost! (saúde, em alemão). "Somos um povo muito alegre, que sabe festejar", afirmou Tonato.

No andar de cima do Schwarzwald (nome original do estabelecimento), teve bandinha tocando músicas típicas, danças e trenzinho para comemorar os gols durante todo o transcorrer do jogo. "O agito durante a partida foi só o começo, agora que a festa começa", disse a dona da festa, Selma Prado, 45 anos, proprietária do bar inaugurado em 1979.

Apesar do embalo proporcionado pelo chope e pela boa atuação dos comandados de Jürgen Klinsmann, teve também quem não se deixasse levar pela empolgação inicial. "Tecnicamente não temos tanta força, mas temos a coletividade, e isso pode nos levar longe. Embora eu ache que são pequenas as chances. Mas ficarei na torcida", comentou Karl Udo Heinrichs, 49 anos, engenheiro.

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