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O capitão Jéci beija a taça de campeão da Série B durante a volta olímpica no Couto. Derrota não estragou a festa da torcida | Antonio Costa/ Gazeta do Povo
O capitão Jéci beija a taça de campeão da Série B durante a volta olímpica no Couto. Derrota não estragou a festa da torcida| Foto: Antonio Costa/ Gazeta do Povo

Coritiba 2x3 Guaratinguetá

Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL). Gols: Léo Silva, aos 7/1º (G), Enrico, aos 8/1º (C), Galiardo, aos 15/1º (G), Marcinho, aos 28/1º (G), Marcos Aurélio, aos 33/2º (C). Amarelos: Leandro Donizete, Léo Gago e Rafinha (C); Saulo, Célio, Léo Silva, Marcinho e Serginho (G). Público pagante: 17.595 (20.383 total). Renda: R$ 383.935,00.

Coritiba: Édson Bastos; Jéci (Geraldo), Pereira e Lucas Mendes; Ângelo (Willian), Leandro Donizete, Léo Gago (Bill), Rafinha e Enrico; Marcos Aurélio e Leonardo. Técnico: Ney Franco.

Guaratinguetá: Saulo; Jorge Luiz, Gustavo Bastos e Everton; Régis, Galiardo, Célio (Goeber), Léo Silva, Marcinho (Éder) e Renato Peixe; Jhon (Serginho).Técnico: Edinho Nazareth.

O jogo

Campeão mesmo antes da partida, o Coxa entrou desmotivado em campo e foi surpreendido pelo adversário, que lutava para não ser rebaixado. Só no primeiro tempo o Guaratinguetá já tinha marcado três gols, sendo um deles um frango incrível de Édson Bastos. Na etapa final, o Alviverde melhorou, fez um gol, mas não evitou a derrota.

América-MG consegue última vaga

O América-MG confirmou o favoritismo na disputa da 38ª rodada, que teve oito jogos ontem, e ficou com a última vaga disponível na luta pelo acesso na Série B. Com isso, dez anos depois, o time de Belo Horizonte volta a disputar elite. A última vez que esteve na Série A foi em 2001, quando acabou rebaixado.

O time mineiro irá disputar a divisão principal do futebol brasileiro em 2011, ao lado de Coritiba, Figueirense e Bahia. Enquanto isso, América-RN e Brasiliense fo­­ram rebaixados e se juntaram a San­­to André e Ipatinga, que já ti­­nham caído anteriormente.

Na derradeira rodada, o América-MG fez o que precisava fazer: segurou o empate com a Ponte Preta, por 0 a 0, no Estádio Moisés Lucarelli, em Cam­­pinas. Desta forma, o time mineiro chegou aos 63 pontos, apenas um a mais do que a Por­­tuguesa, que derrotou o Sport por 2 a 1, no Recife.

O Coritiba recebeu a taça, deu volta olímpica, fez a alegria do torcedor... Mas tudo isso após o término do jogo com o Guaratin­­guetá. Com a bola rolando, quem teve motivos para festejar foi o clube paulista. Os visitantes bateram o campeão da Série B por 3 a 2, no Couto Perei­­ra, e escaparam do rebaixamento.

A última partida do Coxa na Segundona também foi marcada pelo protesto da torcida organizada Império Alviverde, que se recusou a cantar durante toda a partida. Com faixas pretas e cartazes, a organizada reclamava de "censura", por ainda não poder usar os seus ornamentos dentro do estádio. Irônica, uma das faixas perguntava: "Cantar pode?".

A atuação destes torcedores revoltou muitos que estavam nas sociais do estádio, que dirigiam xingamentos ao setor onde ficava os integrantes da facção.

Alheio ao clima tenso na arquibancada, logo aos sete mi­­nutos de partida, o Guaran­tin­­gue­tá, que precisa vencer para livrar-se da Série C, marcou com Léo Silva. O Coxa logo reagiu, em­­patando no minuto seguinte com Enrico.

Mas o gol de Galiardo, em um frango do goleiro Édson Bastos, e de Marcinho, aproveitando-se de um passe errado de Leandro Do­­ni­­zete, praticamente definiram a derrota alviverde já no primeiro tempo.

"Não jogamos. Não estou aqui para passar vergonha", reclamou o capitão Jéci na saída para o in­­tervalo. O jogador seria, após o tem­­po regulamentar, a figura emblemática da tarde – ao le­­vantar com aplausos a taça da CBF.

Na etapa final a equipe até melhorou, mas só conseguiu marcar o segundo gol aos 33, em um pênalti convertido por Marcos Aurélio.

Após a derrota, o za­­guei­­ro Pereira deu a explicação sobre o desempenho fraco da equipe no último jogo da Série B. "Tivemos uma semana atípica. Começamos a treinar na quarta-feira. O pessoal estava com a cabeça nas férias ou nas renovações", admitiu o jogador.

Apesar do resultado, todos os jogadores do Coritiba tentaram esquecer o placar e comemorar o título. "Este grupo tem de comemorar. Não vão ser falhas neste jogo que vão apagar o que fizemos no campeonato", afirmou o goleiro Edson Bastos. "Apesar da derrota, isto não importa para a gente agora. É comemorar", completou o meia Tcheco.

Para o técnico Ney Franco, que chorou antes da partida ao ser homenageado pela diretoria do Coxa, a sua despedida não foi manchada pelo desempenho ruim em campo.

"A derrota não pode apagar o que fizemos na temporada, o que foi muito mais bonito do que este jogo", argumentou. "Estou saindo pela porta da frente, com muita transparência. Muito legal co­­memorar o acesso e o título aqui", complementou o agora técnico da seleção sub-20.

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