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Montecarlo – A McLaren comemorou com camisetas laranjas, com champanhe e com algumas celebridades a segunda dobradinha do ano, conquistada domingo, em Mônaco. Ontem, porém, a alegria pela vitória de Fernando Alonso e o segundo lugar de Lewis Hamilton se transformaram em apreensão. A FIA divulgou um comunicado em que afirma que irá investigar o resultado da corrida, quinta etapa do Mundial de F-1.

"Abrimos uma investigação sobre os incidentes envolvendo a McLaren e o GP de Mônaco de 2007 para investigar a possibilidade de quebra do Código Esportivo Internacional. As evidências estão sendo estudadas, e um novo anúncio será feito em breve", diz o texto.

O motivo é simples: a McLaren afirmou após o GP, com todas as letras, que havia escolhido dar a vitória a Alonso. Hamilton começou a prova com combustível suficiente em seu carro para fazer cinco ou seis voltas a mais que seu companheiro e adotaria uma estratégia de apenas um pit stop.

Três voltas depois da parada de Alonso, no entanto, quando o estreante teria a oportunidade de descontar a vantagem com voltas rápidas, já que estava com o carro mais leve, a equipe o chamou para seu pit. E ainda resolveu trocar seu planejamento para realizar duas paradas.

A McLaren alegou que o risco de um safety car entrar na pista era muito grande em Mônaco, onde geralmente acontecem muitos acidentes. Porém não foi o que aconteceu, e Hamilton acabou preso atrás do companheiro pelo resto da corrida.

Mas não foi só isso. "Não vou negar que pedi que nossos pilotos diminuíssem o ritmo depois da primeira parada", falou Ron Dennis, chefe do time.

Com esse comportamento, a equipe inglesa pode ter violado o artigo 151c do Código Esportivo Internacional, que diz que o esporte pode ser prejudicado em caso de "qualquer conduta fraudulenta ou ato prejudicial aos interesses de qualquer competição ou do esporte a motor em geral".

A McLaren alega que o motivo das ordens era preservar ambos na pista e conseguir o máximo de pontos para o time, que lidera o Mundial de Construtores com 20 pontos a mais que a Ferrari.

O time italiano, que domingo colocou apenas Felipe Massa no pódio, já sofreu punição da entidade que comanda o automobilismo em 2002, pelo mesmo motivo que agora a rival pode ser punida. Foi depois do GP da Áustria daquele ano, no famoso episódio da "marmelada", no qual Rubens Barrichello abriu passagem para o alemão Michael Schumacher na última volta da corrida.

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