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Joseph Blatter, presidente da Fifa, na Costa do Sauípe: cardápio da Copa do Mundo será definido na sexta-feira | Marcus Brandt/ EFE
Joseph Blatter, presidente da Fifa, na Costa do Sauípe: cardápio da Copa do Mundo será definido na sexta-feira| Foto: Marcus Brandt/ EFE

Calor

Blatter descarta mudar horários dos jogos que começam às 13 horas

Depois de ter indicado, há duas semanas, que poderia mudar horários de alguns jogos da Copa do Mundo de 2014 para evitar expor os jogadores a temperaturas elevadas, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, descartou ontem essa possibilidade, apesar de a competição ter 24 partidas marcadas para as 13 horas em cidades de clima tropical – Fortaleza, Natal, Recife e Salvador. "Não tomamos a decisão na Suíça, debaixo da neve, mas sim baseada em relatórios médicos. Temos noção das condições climáticas e, por isso, algumas partidas não serão disputadas às 13 horas em determinadas situações", justificou o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke.

Blatter lembrou que as Copas do México, em 1970 e 1986, também foram realizadas sob intenso calor. "Quando disputamos a Copa do México jogamos muitas partidas às 12 horas no México e havia o fator altitude. Hoje em dia, os jogadores estão acostumados a jogar em condições que nem sempre são as melhores. A Copa do Mundo também envolve o calendário, temos de encaixar três partidas por dia. A vida é assim, o futebol é assim. Nem todo mundo vai ficar satisfeito, mas não podemos agradar a todos", afirmou.

Agência Estado

A Fifa encontrou uma maneira de evitar – pelo menos temporariamente – a criação de um "grupo da morte" na primeira fase da Copa do Mundo do Brasil. Ontem, em coletiva na Costa do Sauípe (BA), a entidade anunciou que não vai levar seu ranking em consideração para tirar uma seleção excedente do pote europeu (com nove representantes) para repassá-la ao dos sul-americanos e africanos, que tem uma equipe a menos.

Caso mantivesse o critério usado na definição dos cabeças de chave – sua lista mensal –, a França seria deslocada do pote 4 para o 2, aumentando exponencialmente a chance de se formar um grupo muito forte na primeira fase, até mesmo formado por três campeões mundiais.

O "jeitinho" adotado pela Fifa será o de sortear a seleção que será transferida de cumbuca. Ao mesmo tempo em que alivia a barra dos Bleus, esse novo método coloca no fogo outras seleções de ponta. Agora, a atual vice-campeã Holanda e as ex-campeãs Itália e Inglaterra também correm o risco de enfrentar uma concorrência pesada logo na primeira fase.

A medida poderia ainda ocasionar a criação de um grupo com três europeus, o que levou a entidade a adotar outra regra. Esse europeu sorteado para mudar de pote será redirecionado para enfrentar um dos cabeças de chave sul-americanos (Brasil, Argentina, Colômbia e Uruguai). Na prática, com os novos critérios crescem as chances de a seleção brasileira entrar em uma chave mais complicada, com dois europeus.

Na coletiva desta terça-feira, foi oficializada a divisão dos potes. No 1 estarão com as seleções cabeças de chave; no 2, as cinco equipes africanas, mais Chile, Equador e a nona seleção da Europa (após o sorteio preliminar); no 3, os times da Concacaf e da Ásia; e por fim, no 4, as nove equipes da Europa.

O sorteio das chaves terá início às 14 horas (de Brasília) de sexta-feira, na Costa do Sauípe, com apenas uma seleção com ordem pré-definida. O Brasil ocupará a primeira posição do Grupo A. A ordem das demais seleções nas chaves será decidida por sorteio.

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