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A Fifa começou a conversar nesta quinta-feira (16) com o presidente da Bolívia, Evo Morales, para tentar salvar a Federação Boliviana de Futebol (FBF) das duras sanções impostas por causa de suas dívidas.

A sede da FBF em La Paz deverá ser leiloada e as contas bancárias congeladas, mas a reunião entre Morales, que gosta do esporte, e os enviados do organismo que controla o futebol mundial terminou após duas horas sem nenhum acordo concreto.

"Nós debatemos sobre os problemas (de impostos da FBF) em geral e não sobre medidas concretas. Estamos conversando. A reunião foi muito positiva e vamos ver o que sairá dela", disse o enviado da Fifa Primo Corvaro em uma entrevista à imprensa.

A reunião aconteceu apenas algumas horas depois de as autoridades fiscais da Bolívia confirmarem o leilão da sede da FBF para a próxima segunda-feira. As dívidas da federação chegam a 2,1 milhões de dólares.

Descontente com a FBF e com a forma como o futebol é dirigido em seu país, Morales havia se recusado anteriormente a se encontrar com diretores da FBF, incluindo o presidente recém-eleito Carlos Chávez, que pediu ajuda da Fifa depois de não conseguir cancelar o leilão.

O diretor da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Eugênio Figueiredo, indicou que Morales não cedeu em sua posição de não conceder à FBF tratamento diferenciado.

"Há detalhes (da reunião) que não podemos revelar. Não viemos aqui para modificar as estruturas da lei boliviana", disse Figueiredo a jornalistas.

Ele afirmou, entretanto, que a reunião deu início a discussões sobre como resolver os problemas do futebol boliviano, atualmente organizado de forma precária, que sofre com o baixo comparecimento do público nas partidas e é repleto de disputas internas.

"Viemos tentar unificar as diferenças existentes hoje no futebol boliviano...Tentamos criar uma ponte entre a Fifa, a Conmebol, a federação e o governo que, com o tempo, beneficiará o futebol boliviano", afirmou Figueiredo.

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