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O volante Djair, de 20 anos, sabe que não é fácil vencer a concorrência de Léo Gago e Leandro Donizete no setor de marcação: "Me sinto gratificado só por fazer parte" | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
O volante Djair, de 20 anos, sabe que não é fácil vencer a concorrência de Léo Gago e Leandro Donizete no setor de marcação: "Me sinto gratificado só por fazer parte"| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Marcos Aurélio, Rafinha, Davi, Bill, Léo Gago, Emerson... O torcedor do Coritiba sabe de cor os no­­mes dos protagonistas da impecável campanha alviverde na temporada. Porém, o grupo que pode ser campeão paranaense neste do­­min­­go com um empate fora de ca­­sa contra o Atlético também tem seus membros "invisíveis". Jo­­ga­­dores que fazem parte do elenco, mas que nem sequer entraram em campo e dificilmente são reconhecidos pelos fãs longe dos gramados.

Dos 33 integrantes do grupo coxa, cinco ainda não jogaram em 2011 –os goleiros Caio e Rafael Martins, o lateral-direito Fabinho Sou­za e o volante Djair. Além de­­les, Triguinho, em fase fi­­nal de recuperação de uma fratura so­­frida no ano passado não atuou sob o comando de Marcelo Oliveira.

Com exceção do lateral-esquerdo, que era titular até se machucar, os outros quatro são coadjuvantes no sentido literal da palavra. Mesmo sem ajudar diretamente na empreitada repleta de recordes, ninguém se sente excluído.

"O importante é que estou em um grupo vencedor", explicou Fabinho, 21 anos, que está desde 1998 nas categorias de base do clube. "O principal é que quem sobe da base faz parte de um grupo de mentalidade vencedora desde o início", concordou Caio, 20 anos, debutante no elenco principal. "O time é muito bom e fica complicado jogar agora, mas me sinto gratificado só por fazer parte", emendou o volante Djair, 20 anos, que desembarcou no CT da Graciosa há um ano e meio.

Um dos segredos para o clima descontraído no Alto da Glória é a atenção da comissão técnica a quem não costuma ser relacionado para os jogos. O bate-papo frequente serve como válvula de escape para os coadjuvantes, que no fundo têm papel fundamental. "Não dá para ser campeão apenas com um time", afirmou Oliveira.

"A maioria de quem não jogou ainda é proveniente da base. Estão crescendo juntos, vivenciando o ambiente. Estão sendo preparados para um futuro próximo", adicionou o treinador, cujo discurso é atestado pelos atletas.

"O Marcelo está sempre observando e conversando, assim como os jogadores mais experientes nos dão dicas", contou Fabinho. "Essa atenção ajuda a levantar o nosso ego", emendou o goleiro Caio, que, assim como os outros não relacionados, vai a todos os jogos no Couto Pereira e faz questão de descer ao vestiário para dar boa sorte aos companheiros.

"Estamos todos os dias trabalhando, e o esforço deles é para o bem de todo o grupo", fechou o arqueiro que espera comemorar seu primeiro título já no domingo.

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