Fim do calvário embala o Tricolor

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Acaba um drama, começa um problema. Essa será a transição do Paraná com a iminente conquista da Série Prata e a volta à elite estadual.

Hoje, às 20h30, na Vila Capanema, o Tricolor precisa de apenas uma vitória sobre o Grêmio Maringá para pôr fim ao martírio da segundona regional. Festa certa. Amanhã, a diretoria começa a pensar uma forma de administrar o elenco vasto à disposição de Ricardinho.

Atualmente com 35 atletas no grupo, o fim do torneio local deverá deixar jogadores sem muita função no clube. Porém, segundo o gerente de futebol tricolor, Alex Brasil, uma lista de dispensas não entra no ranking de prioridades do clube.

"Houve muito critério na montagem desse time. Programamos esse grupo para ir até o final do ano", explica.

"Vai ser uma dor de cabeça que todo treinador gosta, porque é um grupo inchado, mas de qualidade", completa o goleiro reserva Thiago Rodrigues.

Por enquanto, a ideia é se despedir do vexatório segundo escalão – e esquecer a pendência de recursos humanos.

Por isso, diferentemente de outras rodadas, o time terá força máxima para garantir o título antecipado do returno. Como já foi campeão do primeiro turno, a equipe paranista não terá que disputar a final, abreviando o calvário.

Em campo, o técnico Ricardinho faz poucas alterações em relação à formação que empatou por 1 a 1 com o São Caetano, no sábado, pela Série B nacional.

Uma dessas alterações é fruto da defesa da honra. Thiago Rodrigues, titular no fatídico 23 de abril de 2011, quando o Tricolor iniciou o pesadelo da Série Prata (empate por 2 a 2 com o Arapongas), estará em campo hoje. Para ele, é a chance da redenção com o clube.

"Eu já queria falar com o técnico para pedir essa chance. Esse jogo vai ter um gosto especial para mim", explica o jogador, ao afirmar que uma das justificativas para permanecer na Vila nesta temporada era, justamente, devolver o time à Série Ouro. "Eu sou um privilegiado", avalia.

Outro que pisa no gramado com uma imensa responsabilidade é o meia Marquinhos. O jogador será o substituto do veterano – e ídolo – Lúcio Flávio e terá a missão de criar as jogadas ofensivas. "Foi um momento de tristeza, mas agora chegou a hora de colher e amanhã [hoje] é o dia", destaca.