Final não será na Arena, diz cartola

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Se depender da boa vontade da Conmebol, o Atlético não tem a mínima chance de disputar uma eventual decisão da Copa Sul-Americana na Arena. Pior: terá que jogar, assim como ocorreu no desfecho da Libertadores 2005, em outro estado.

A entidade que comanda o futebol no continente descarta qualquer possibilidade de manobra para burlar o regulamento – que proíbe jogos finais em estádio com capacidade inferior a 40 mil lugares. A Baixada estaria assim com um déficit de 16 mil vagas.

"Caso ocorra essa hipótese (classificação à final), não existe a possibilidade do ‘El Paranaense’ jogar na Kyocera. Exigimos 40 mil pessoas e neste local cabe metade disso. Caso avance na Copa, o clube terá que encontrar um novo estádio", anunciou Francisco Figueredo, secretário-executivo da Conmebol, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo.

Uma das hipóteses ventiladas no Rubro-Negro envolveria uma futura negociação com o concorrente no possível confronto valendo a taça. O acerto também foi rechaçado pelo cartola. "Nenhuma chance", disse.

Nem mesmo se o Furacão – que está nas semifinais aguardando saber se o adversário será Pachuca ou Lanús – encarar alguém com o mesmo problema de espaço físico haveria a chance de contemporizar. Dos cinco times que ainda brigam pelo título contra o Atlético, apenas o Toluca não tem uma praça esportiva que atende as exigências.

Os mexicanos, a exemplo do representante brasileiro, recebe os adversários em um estádio moderno, o Nemesio Dias, palco inclusive da Copa de 86, com 27 mil assentos. "Se ocorrer a decisão entre esses dois, o mesmo que já falei para o Atlético valerá ao Toluca: terá que procurar outro estádio", afirmou Figueredo, de forma ríspida, descartando um futuro acordo.

Conforme a Gazeta do Povo apurou, a cúpula rubro-negra tem trabalhado nos bastidores para escapar do artigo 9.3 da Libertadores, que foi empregado expressamente no regulamento na Sul-Americana. A norma impõe justamente a exigência da capacidade mínima superior àquela apresentada na Arena.

A diretoria do Furacão descarta porém a ampliação de afogadilho, com a colocação de arquibancadas tubulares na área do Colégio Expoente.