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Rio - Estrelas da ginástica brasileira, Diego Hypólito, Daniele Hypólito e Jade Barbosa vivem o mesmo drama. A julgar pelas declarações do presidente do Flamengo, Márcio Braga, eles estão com os dias contados na Gávea. O dirigente confirmou ontem um corte de, no mínimo, 20% nas verbas para o esporte amador em 2009, por causa da crise financeira que assola o clube, e deixou claro que a redução no orçamento vai afetar os três atletas.

Além da ameaça de dispensa, que tanto os preocupa, os ginastas não recebem salários há pelo menos dois meses. Segundo Márcio Braga, apenas o remo e o basquete sairão ilesos da crise. "Vamos ter que cortar lá (na ginástica). Eles (Diego, Daniele e Jade) têm que ir para onde existe recurso. Nós não temos mais", declarou o presidente do Flamengo. "Só temos condições de manter o esporte olímpico que tiver patrocínio", avisou. "Não temos mais capacidade de investimento, pois os recursos são poucos e quem produz tudo é o futebol."

Márcio Braga também atacou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Segundo ele, a entidade não investe nos clubes de formação e não tem "competência" para administrar os recursos públicos provenientes da Lei Agnelo/Piva. "Não temos mais condições de manter o esporte dessa maneira. A verba pública não chega aos atletas." O COB não quis entrar em polêmica.

Campeão no solo no Mundial de 2007, em Stuttgart (Alemanha), Diego Hypólito sentiu no bolso o fracasso na Olimpíada de Pequim, onde ficou em sexto lugar. Aos 22 anos, começa 2009 sem nenhum patrocínio e ainda corre risco de deixar a o clube.

Medalha de ouro no salto, prata por equipes e bronze no solo nos Jogos Pan-Americanos, Jade, de 17 anos, enfrenta uma fase ruim. Ela busca ajuda financeira para ir ao exterior, a fim de tratar a contusão no punho direito.

As seleções olímpicas serão criadas a partir de uma seletiva nos dias 26 a 28, em Curitiba. No entanto, neste ano, quem passar pelo teste não ficará mais no centro de treinamento da cidade paranaense.

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