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Maringá – Flávio e segurança são palavras com o mesmo significado no Paraná. O experiente goleiro de 35 anos faz milagres quando os zagueiros não conseguem parar o adversário, orienta o sistema defensivo com a autoridade de um líder e serve de exemplo de dedicação. Para a torcida, representa uma raridade ainda maior: o ídolo.

Indo para o quarto ano na Vila Capanema, o Pantera vive um caso de amor pelo clube que o ajudou em um momento difícil. E sonha em poder recompensá-lo.

"Não vou descansar enquanto não conquistar um título pelo Paraná. Gostaria de poder ajudar a recuperar pelo menos a hegemonia no estado", revelou. "O Paraná foi fundamental na minha vida."

Mesmo nos momentos mais delicados do Tricolor, com ameaças de rebaixamento no Paranaense e no Brasileiro, seu nome sempre esteve em alta com a torcida. O alagoano conta que se surpreendeu logo que foi contratado do Vasco, onde ficou apenas seis meses e não teve chance de jogar.

"Havia uma porção de torcedores me esperando no aeroporto. Foi uma demonstração de carinho muito grande que mexeu comigo", contou o camisa 1. "Eu tinha ganhado dois títulos em cima do Paraná e não esperava aquela receptividade", complementou, ciente da chance rara dada pela torcida a um ex-jogador de um clube rival.

Assim, aliás, é que ele se refere ao Atlético, onde foi campeão brasileiro em 2001 e teve saída tumultuada para o Rio. "Não tenho motivo para ficar citando nomes. O que passou não importa mais", despista, ao ser indagado por que não fala o nome do ex-clube.

No fim de cada temporada, Flávio sempre recebe propostas para deixar a Vila. Apesar de demorar para fechar o acordo, esperando uma valorização no salário, acabou permanecendo no clube. Desta vez, chegou a ser procurado pelo Coritiba.

Trabalhador incessante, do tipo que treina forte até no dia seguinte aos jogos, Flávio timidamente deixa a modéstia de lado para admitir que vive uma fase mágica. "Tive bons momentos na carreira, mas nunca havia sido o goleiro menos vazado de uma competição nacional. Isso prova que meu esforço tem dado certo", afirmou. Além de adaptar um ditado popular – "goleiro é que nem vinho, quanto mais velho, melhor" – o Pantera usa da obsessão para explicar sua boa forma física e técnica. "Para mim, nunca está bom", resumiu.

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