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Transferência de Thiago Neves para o Fluminense causou a ira da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim | Wagner Carmo/VIPCOMM
Transferência de Thiago Neves para o Fluminense causou a ira da presidente do Flamengo, Patrícia Amorim| Foto: Wagner Carmo/VIPCOMM

A realidade que o Flamengo teimava em não aceitar se concretizou nesta terça-feira, quando o rival Fluminense anunciou a contratação de Thiago Neves. Foi mais um duro golpe neste início de ano flamenguista, que vive com a insatisfação do elenco por débitos de luvas e direitos de imagem, com o impasse contratual com a Traffic para a manutenção de Ronaldinho Gaúcho e a dificuldades na busca por reforços.

A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, adotou um tom desdenhoso ao se pronunciar através do site oficial do clube para tratar do acerto de Thiago Neves com o Fluminense. "Aqui no Flamengo só joga quem quer. Como o mesmo não mostrou interesse em ficar no clube, não faremos mais esforços para mantê-lo. No final da temporada, o jogador disse que sua intenção era ficar no Flamengo, mas ele não demonstrou essa vontade. Então estamos fora. O Flamengo é muito maior do que ele", disse a dirigente.

O rancor com o jogador, porém, não oculta o fracasso da diretoria flamenguista para conseguir a sua permanência. Até o dia 31 de novembro do ano passado, o clube tinha o privilégio de negociações exclusivas com o Al Hilal, da Arábia Saudita, para aquisição dos direitos econômicos de Thiago Neves. Mas subestimou os árabes com propostas insatisfatórias de pagamentos em muitas parcelas.

Irritados, os dirigentes do Al Hilal se sentiram mais seguros com as garantias dadas pelo Fluminense, que tem o suporte financeiro da patrocinadora Unimed para concretizar os pagamentos. As propostas não foram tão díspares assim. O Flamengo, que detém 10% dos direitos econômicos, oferecia R$ 14,5 milhões, contra R$ 16 milhões do clube das Laranjeiras.

Em nota, Thiago Neves, que chegou a dizer que só jogaria no Brasil pelo Flamengo, agradeceu "ao presidente Peter Siemsen (do Fluminense) e ao Dr. Celso Barros (presidente da Unimed) por estar voltando para casa. Sinto o conforto, o prazer e a segurança de defender o clube que me ajudou a crescer na profissão. O Fluminense está com um elenco forte, com condições de brigar por todos os títulos e estou chegando para somar. Podem contar com meu empenho".

Os cartolas do Flamengo agora precisam considerar Thiago Neves como águas passadas. Outros problemas se apresentam ao clube. Nesta quarta-feira acaba o prazo para o acerto entre clube e Traffic para a manutenção de Ronaldinho Gaúcho. Do contrário, o craque também pode deixar a Gávea.

Outro problema foi a debandada de Alex Silva, que teria proposta do Santos e não embarcou com a delegação para a Bolívia, onde o Flamengo enfrenta o Real Potosí, no dia 25 de janeiro, pela fase preliminar da Libertadores. Com isso, o clube precisa entrar com força no mercado para a contratação de um meia e de um zagueiro para a disputa da competição. Dada a situação financeira e o desencontro dos dirigentes, o primeiro semestre flamenguista está sob o risco de ser um fiasco.

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