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A vitória da seleção brasileira feminina de vôlei sobre a Rússia, na final do Grand Prix 2006, fez com que Fofão entrasse para a história. A levantadora é agora a recordista de títulos da competição, com cinco medalhas de ouro (1994, 1996, 1998, 2004 e 2006). Aos 36 anos, a capitã do Brasil comemora a conquista individual e a da equipe, mas já pensa adiante. Os planos são a curto, médio e longo prazo levar a seleção feminina ao inédito título do Campeonato Mundial, disputar os Jogos Olímpicos de Pequim/2008 e criar um centro para formar novas levantadoras.

Mesmo com a experiência de quem tem na bagagem duas medalhas olímpicas (bronze em Atlanta/96 e em Sidney/2000), Fofão se surpreendeu com o desempenho da equipe brasileira no Grand Prix 2006. A jogadora destacou os motivos que levaram à conquista.

– Era um grupo que não estava fechado, as 14 jogadoras estavam buscando espaço. O Zé Roberto não tinha seis titulares definidas. Nos treinos, cada uma queria dar o seu melhor. E isso passou para a quadra. A alegria de jogar também foi fator determinante. O astral do Brasil intimida as adversárias. Tecnicamente, o saque foi nossa arma principal. Também melhoramos muito na defesa e temos atacantes de bola de fundo, coisa que falta em outras equipes – explica.

O Grand Prix terminou, mas Fofão sabe que agora virá a parte mais difícil da temporada 2006, o Campeonato Mundial. A partir de 31 de outubro, o Brasil vai tentar o título inédito, no Japão. A levantadora já esteve bem perto da medalha de ouro na competição, em 1994, quando a seleção verde-amarela terminou em segundo lugar.

– O Mundial é nosso objetivo maior. A cabeça esteve voltada para ele durante todo o ano. Quando estávamos cansadas e tínhamos que treinar ou malhar, pensávamos: 'Esse esforço é para conseguir um resultado bom no Mundial’. A caminhada será difícil, mas o grupo se esforçou muito. Estaremos mais soltas e em forma para tentar quebrar esse tabu – diz Fofão, apontando China, Rússia e Cuba como principais obstáculos.

Após o quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Atenas/2004, Fofão chegou a pensar que sua carreira na seleção estava encerrada. Mas um convite do técnico José Roberto Guimarães fez com que ela voltasse com todo o gás. Agora, a meta é estar em Pequim/2008. Sobre aposentadoria, a atleta já tem planos para não ficar longe do esporte: criar um centro de treinamento para descobrir e desenvolver novas levantadoras.

– O vôlei brasileiro é carente nesta posição. Gostaria de procurar novos talentos e passar um pouco do meu conhecimento. Seria a minha forma de ajudar, mesmo fora das quadras – encerra a jogadora.

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