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Duas provas, duas vitórias e o status de destaque do Mundial Paralímpico de Lyon, na França. O aproveitamento de Alan Fonteles, 20 anos, já o põe um nível acima em relação a seus concorrentes na categoria T43 (para biamputados). Mas ainda não faz o paraense sonhar com disputas em Olimpíadas.

"Esses recordes e vitórias não me fizeram mudar de ideia em relação a correr entre os olímpicos. Ainda tenho muito a crescer em nível paralímpico", afirmou Fonteles, após conquistar ontem o ouro nos 100 m, com ampla vantagem sobre o segundo colocado, o norte-americano Blake Leeper, que fez 11s34. O bronze também foi para os Estados Unidos, com Joshua Kennison (11s93). O recorde mundial dos 100 metros é do próprio brasileiro, que correu para 10s77 há cerca de um mês.

"Querer eu não quero [competir nos Jogos Olím­­pi­­cos], mas pode ser que eu mude de ideia em quatro anos. Isso realmente não passa pela minha cabeça nesse momento", reforçou.

Fonteles, que ganhou fama depois de superar o sul-africano Oscar Pistorius nos Jogos Paralímpicos de Londres, nos 200 metros, venceu esta prova também no Mundial. No último domingo, em Lyon, ele fez 20s66, baixando o antigo recorde de Pistorius em incríveis 0s64 de uma só vez. A marca é apenas 0s1 menor do que o exigido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) como índice para o Mundial de Moscou.

"Não bati o recorde, mas estou feliz pelo tempo, que chegou perto. Sei que dá para melhorar", comentou Alan Fonteles. "Quando saí, vi que estava liderando. Olhei e vi que não tinha ninguém perto."

Em Lyon, Alan Fonteles ainda vai correr os 400 metros na classe T44 e o revezamento 4x100 metros (classes T42 a T46). Após quatro dias de Mundial, o Brasil aparece na quarta colocação no quadro de medalhas, com um total de 22, sendo nove de ouro, quatro de prata e nove de bronze. A Rússia lidera, seguida de Estados Unidos e Grã-Bretanha.

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