As judocas brasileiras têm um segredo importantíssimo para a semana que antecede um campeonato: fechar a boca. Classificadas nas categorias de acordo com a massa corporal, algumas atletas precisam conter a gula para não colocar em risco uma competição.
Segundo a técnica da seleção brasileira de judô, Rosicléia Campos, a judoca que mais sofre com o controle de peso é Danielle Yuri, da categoria inferior a 63kg, umas das mais concorridas do esporte.
- Essa japa gosta muito de comer! Tive que dar uns puxões de orelha para que ela se controlasse. Hoje em dia ela está dando muito menos trabalho - conta a treinadora, que também costumava ter pesadelos por conta da dieta puxada. - Eu sonhava com tortas de chocolante flutuando, era terrível - completa Rose.
E falando em chocolate, este é o pecado capital da peso-pesado Priscila Marques. Acostumada a devorar com facilidade uma barra inteira da guloseima, a judoca foi obrigada a se contentar com apenas um tabletinho.
- Eu fico horas para comer esse quadradinho, faço até batom com ele, fico passando na boca... Mas é um mal necessário, tem que maneirar - explica a atleta, que apesar de lutar na categoria absoluto, ou seja, sem limite de peso, precisa controlar a alimentação para não engordar demais e comprometer a agilidade dentro do tatame.
Quem não se preocupa com a balança é Daniela Polzin, da categoria inferior à 48kg. A judoca garante que não tem a menor tendência para ganhar peso e, por isso, abusa na hora das refeições.
- Graças a Deus eu não tenho esse problema, posso comer o quanto eu quiser. Sou muito magra e não engordo de jeito algum - finaliza.
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