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Esperava-se que fosse o jogo da entrega das faixas. No máximo, a partida que selasse a volta do Coxa à Primeira Divisão. Mas o confronto entre Coritiba e Avaí, hoje, às 16 horas, no Couto Pereira, ficará marcado pelos protestos contra a atual diretoria e a permanência do clube na Segundona. Faixa, apenas a com os dizeres "Fora Gionédis", que será colocada na estátua do homem nu, na Praça 19 de Dezembro, em Curitiba, tradicional ponto de comemoração dos títulos alviverdes.

O protesto, cujo tema é "Vergonha nunca mais", começa bem antes de a bola rolar, às 11 horas. A expectativa é que 5 mil torcedores, entre integrantes da confraria Movimento Unido Coritibano (MUC), Império Alviverde, Coxanautas, torcedores sem vínculo com movimentos organizados e membros da ala oposicionista do clube peçam a renúncia do presidente Giovani Gionédis.

Em seguida, às 13h30, com a presença confirmada do ex-presidente Evangelino da Costa Neves desfilando num carro conversível, o grupo segue em carreata para o Couto Pereira. Concentrados nas ruas ao redor do estádio, os gritos contra Gionédis – e de perseguição a alguns jogadores – devem se intensificar à medida que a partida estiver para começar. A indiferença com o atual time, simbolizada nas arquibancadas vazias, será o ponto alto da revolta, já que a torcida promete acompanhar o jogo do lado de fora do estádio.

Independentemente do resultado, o protesto se estenderá após o apito final do árbitro paulista José Henrique de Carvalho.

"Quando a diretoria pediu que ajudássemos o clube, ajudamos. Tudo que foi pedido a torcida atendeu. Mas eles não cumpriram com a parte deles", disse Edson Fink, integrante do MUC e um dos organizadores do movimento. "Queremos a saída do Gionédis e uma posição do Júlio Militão (presidente do Conselho Deliberativo alviverde), que deve pedir uma reunião extraordinária do Conselho para exigir a renúncia do atual presidente. Se isso (a reunião) não for feito, vamos visitar todos os conselheiros e cobrar que eles se posicionem. Será uma pressão generalizada. O Gionédis já perdeu essa queda-de-braço", completou Fink.

A Polícia Militar irá acompanhar todo o protesto. O efetivo foi reforçado e cerca de cem homens ficarão responsáveis pela segurança dos manifestantes. "Estaremos filmando tudo para futura identificação. O protesto é livre, só não pode acontecer exageros. Cuidaremos para que quem não tem nada a ver com isso não seja atingido", afirmou o Capitão Arildo Medeiros Dias, do 12.º Batalhão da PM, responsável pela região central da cidade.

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Vai ao jogo? Tire uma foto e envie para arquibancada@gazetadopovo.com.br. Sua foto no Couto Pereira ou nos protestos que vão anteceder a partida pode ser publicada na Gazeta do Povo Esportiva de segunda-feira.

Em CuritibaCoritibaKléber; Henrique, Marcelo Batatais e Leandro; Luís Paulo, Márcio Egídio, Rodrigo Batata, Cristian e Ricardinho; Caio e Hugo.Técnico: Paulo Bonamigo.

AvaíEduardo; Rogério Prateat, Fernando e Nailton; Emanuel, Ademir Sopa, Ale, Pedro Ayub e Edílson; Samuel e Igor.Técnico: Joceli dos Santos.

Estádio: Couto Pereira. Horário: 16 horas. Árbitro: José Henrique de Carvalho (SP). Auxs.: Nilson de Souza Monção (SP) e Vicente Romano Neto (SP).

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