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A troca de ofensas ditou o tom da campanha pela mais importante posição na administração do automobilismo mundial nesta sexta-feira, com o atual presidente da FIA, Max Mosley, e seu possível sucessor Ari Vatanen trocando cartas nada amistosas.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) publicou uma troca de correspondências entre os dois homens, e pediu em um comunicado o fim da campanha negativa antes da eleição de 23 de outubro.

Em sua carta, com data de 14 de outubro e divulgada por seus advogados, o ex-campeão mundial de rali Vatanen reclamou que "o princípio da neutralidade tem sido constantemente ignorado pela FIA".

O finlandês acusou Mosley, que declarou apoio ao ex-chefe da equipe Ferrari Jean Todt para sucedê-lo, de ser o primeiro a "violar" esse princípio.

Vatanen também disse que uma carta enviada por Mosley ao príncipe Faisal, da Jordânia, um dos principais aliados do finlandês, era difamatória e que ele se reservava ao direito de tomar ações legais.

Ele também sugeriu que recursos da FIA foram utilizados a favor de Todt.

"Peço que você pare e que você garanta que funcionários na folha de pagamentos da FIA e de organizações que dependem financeiramente da FIA parem com essas práticas que até agora constituem uma violação ao princípio de igualdade entre os candidatos à presidência da FIA", escreveu Vatanen.

Mosley respondeu no dia seguinte com uma carta expressando surpresa pelas críticas, mas reiterou seu apoio à candidatura de Todt.

"A essência de uma eleição livre e justa é que os méritos dos diferentes candidatos sejam debatidos", escreveu.

"Não é uma violação de qualquer princípio se qualquer um achar que você é um candidato menos qualificado que seu concorrente para o cargo em questão."

Mosley, que enfrentou pedidos por sua renúncia no ano passado quando esteve envolvido em um escândalo sexual sadomasoquista, pediu que Vatanen comprove suas acusações para que a FIA possa investigar.

Vatanen tem o apoio das equipes e montadoras da F1, enquanto Todt é o candidato favorito da atual administração da FIA.

Todt disse essa semana que recebeu demonstrações de apoio da maiorias dos clubes de automobilismo na África, Ásia, América Latina, Europa e Oriente Médio.

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