| Foto: Clive Mason/AFP

Ficou para o GP do Brasil, daqui a duas semanas, a decisão do Mundial de Fórmula 1 de 2016. Com uma corrida perfeita em que só perdeu a liderança quando teve que fazer a parada para a troca de pneus, o inglês Lewis Hamilton venceu pela primeira vez na carreira o Grande Prêmio do México.

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O triunfo no autódromo Hermanos Rodriguez fez o piloto da Mercedes diminuir de 26 para 19 pontos a diferença para o seu rival na luta pelo título e companheiro de equipe, o alemão Nico Rosberg.

Rosberg foi o segundo colocado e agora lidera o Mundial com 349 pontos. Hamilton está com 330. Se vencer em Interlagos, o alemão será campeão independentemente do resultado de Hamilton na prova. E justamente no Brasil, onde ele ganhou nos dois últimos anos.

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Caso não suba no primeiro lugar do pódio e Hamilton faça com que a diferença não seja superior a 25 pontos, a decisão do mundial vai para a última prova do ano, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 27 de novembro.

VEJA A CLASSIFICAÇÃO DO CAMPEONATO 

 

Iguala a Alain Prost

Foi um fim de semana especial para Hamilton. Além de ter feito a pole e vencido pela oitava vez na temporada, o inglês igualou o número de vitórias de um dos mitos do automobilismo: o francês Alain Prost.

O piloto agora tem as mesmas 51 vitórias do tetracampeão do mundo. Na história da F-1, ambos só estão atrás do heptacampeão Michael Schumacher, que em sua carreira conquistou 91 vitórias.

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A corrida foi tranquila para o piloto inglês, que pulou na frente na largada, sendo ameaçado apenas nas primeiras curvas por Rosberg. O alemão, porém, foi atacado por Verstappen na sequência, e quase perdeu a segunda posição.

A corrida

 

Uma batida entre o alemão Pascoal Wehrlein, da Marussia, e o sueco Marcus Ericsson, da Sauber, na primeira volta forçou a entrada do safety car por três voltas. Quando o safety car deixou a pista, as primeiras posições não mudaram. Uma mudança só aconteceu na volta 17, quando Hamilton foi para os boxes, deixando Rosberg assumir a liderança, seguido da dupla da Ferrari, Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel.

Essa classificação durou apenas quatro voltas. Foi quando Rosberg e Raikkonen pararam, deixando Vettel assumir a liderança. O alemão ficou boa parte do tempo na pista na liderança, pois foi o único que demorou a parar. Vettel só iria para os boxes na 32.ª volta, quando colocou pneus médios para ir até o fim da prova.

Com isso, Hamilton recuperou a liderança, seguido de Rosberg e o holandês Max Verstappen, da RBR, que se aproximava perigosamente do alemão.

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Enquanto isso, Hamilton seguia em ritmo tranquilo na ponta. Na 42.ª volta, tinha 4s de vantagem sobre Rosberg. Já o alemão sofria com a pressão de Verstappen, que chegou a tentar uma ultrapassagem sobre o piloto da Mercedes, mas não conseguiu superá-lo.

Depois dessa pressão, Rosberg conseguiu ficar numa distância satisfatória de quase 3s para Verstappen. No fim, ela subiu para 9s e Rosberg garantiu com tranquilidade o segundo lugar na prova. Quem passou a ter problemas para se garantir no pódio foi Verstappen, que passou a ser ameaçado por Vettel a três voltas do fim.

Em um erro, o holandês saiu da pista, mas manteve a sua posição, o que gerou muita reclamação do alemão. A RBR chegou a pedir para o holandês deixar Vettel passar, mas o holandês não obedeceu.

Na volta final, o australiano Daniel Ricciardo teve uma disputa emocionante com Vettel pelo quarto lugar. Os carros chegaram a se tocar, mas o alemão se segurou e manteve a posição.

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Os brasileiros não foram bem. Felipe Massa, da Williams, terminou exatamente na mesma posição que largou, no 9.º lugar, enquanto Felipe Nasr, da Sauber, melhor um pouco em relação à largada, ganhando quatro posições para cruzar a linha de chegada na 15.ª posição.