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Rubens Barrichello foi jogado ao ar por integrantes de sua equipe, a Brawn GP, depois da espetacular vitória no GP da Europa, domingo, em Valência. Depois, ele saiu para comemorar à noite com os amigos e recebeu elogios grandiosos de gente de dentro e de fora da Fórmula 1 pelo irretocável desempenho na corrida. Nesta segunda-feira, no entanto, um dia depois de se lançar como candidato ao título, o piloto brasileiro festejou sozinho.

"Na quarta-feira temos evento promocional da Brawn, aqui em Portugal, minha família está em São Paulo, me restou ficar no twitter e responder às 78 mensagens que haviam no meu celular", disse Rubinho. Mas o isolamento não causou desconforto, a julgar pelo entusiasmo com que ele atendeu a reportagem da Agência Estado. "Está tudo tão vivo ainda dentro de mim, não há como não me sentir bem. Nossa equipe já havia vencido seis vezes neste ano e ontem (domingo) celebrou como se fosse a primeira vitória "

Rubinho não se sentiu sozinho também porque conversou bastante pelo telefone. "O Eduardo e o Fernando (seus filhos) me ligaram. O Eduardo para falar de largada, pit stop, tudo técnico, e o Fernando só ria e gritava ‘campeão’", contou o piloto, lembrando que a sua família viveu, ao seu lado, meses de apreensão depois do fim do último campeonato. "Eles sofreram comigo aquela ansiedade de saber se continuaria ou não na Fórmula 1 e agora, me vendo tão feliz assim, querem dividir tudo comigo."

O amigo Roberto Martins foi um desses torcedores de Rubinho. "Ele veio assistir à corrida e falou que, se eu ganhasse, eu cortaria o cabelo dele. Fiz um traçado semelhante ao antigo de Hockenheim, o da minha primeira vitória na Fórmula 1 (pela Ferrari), em 2000", contou o piloto.

Até mesmo o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, enviou por meio de Stefano Domenicali, o diretor da equipe, cumprimentos pela conquista em Valência. "Meu relacionamento com ele sempre foi muito bom", afirmou Rubinho, que ficou seis temporadas na escuderia italiana - lá, seus problemas eram com o então diretor Jean Todt e o companheiro Michael Schumacher.

Na Brawn GP, o ambiente é outro. "Bem melhor", admitiu Rubinho. Mas, apesar da união do grupo, como lembra o piloto, não deixa de existir competição entre os que trabalham com o inglês Jenson Button e os que estão com o brasileiro. "Me sentia pressionado, pois o Jenson já havia levado ao pódio até seu segundo engenheiro e eu ninguém", revelou o piloto. "Foi um alívio para todos (de seu grupo)."

Ele também confessou sentir-se bem melhor depois da primeira vitória com a Brawn GP, a décima na carreira. "Estaria mentindo se dissesse que não senti o ombro se soltar depois de receber a bandeirada", disse Rubinho. Sua leitura da temporada é diferente da maioria dos brasileiros. "Este é um ano vitorioso para mim. No fim do campeonato de 2008 eu não tinha equipe e, de repente, surgiu não só uma oportunidade como um carro vencedor."

Rubinho ainda destacou que seu momento é melhor que o do companheiro. "Estou conseguindo me impor agora, como ele fez no começo. É uma hora ótima para mim", disse o brasileiro, lembrando que, restando seis etapas para o fim da temporada, Button lidera com 72 pontos, com 18 de vantagem sobre Barrichello. "Tenho chance, ainda, de ser campeão, como não?"

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